O objetivo deste ensaio teórico foi discutir as contribuições teóricas que a ACD desenvolvida por Norman Fairclough oferece para a educação ambiental. A ACD emerge como método de análise nos estudos culturais a partir da década de 1960. Fairclough traz a perspectiva de que os discursos também são práticas sociais. Verifica-se que a emergência de discursos distintos a respeito de determinados temas implicará em novas prática sociais relacionadas a eles. Assim, na pesquisa em educação ambiental, a ACD fornece subsídios teóricos para análises de discursos que, embora não hegemônicos, indicam práticas culturais e sociais que são promissoras na mudança de paradigmas na relação entre homem e meio ambiente. Conclui-se que a ACD como metodologia de análise é uma escolha política, de conhecimento do Outro e de si mesmo, um esforço epistemológico que implica compreender que os discursos em educação ambiental materializam práticas sociais complexas.