O presente texto apresenta uma proposição de articulação entre a Cartografia de Controvérsias (VENTURINI, 2010), versão didática da Teoria Ator-Rede (LATOUR, 2000), com a proposta de Hodson (2018) para um currículo de ciências voltado para o posicionamento sociopolítico sobre questões sociais relevantes. A partir das lentes de observação da referida Cartografia, buscamos dialogar com o modelo de Hodson (2018) para abordar a questão sociocientífica do Marco Temporal Indígena. Argumentamos que a articulação da Cartografia de Controvérsias ao modelo de Hodson (2018) mostra-se bastante adequada à promoção de uma educação sociopolítica dos estudantes, na medida em que traz luz aos grupos e interesses que estão em jogo nas disputas em torno da demarcação de terras indígenas, ajudando os estudantes a se posicionarem sobre o assunto de forma crítica.