Neste artigo buscamos novas formas de examinar um elemento muito específico: o uso de objetos no ensino de ciências. No que segue, arregimentamos microscópio, estudante e uma aula de ciências como ponto focal para apresentarmos uma proposta de unidade de análise, denominada por nós como sociomaterialidade difrativa. Essa unidade está fundamentada no enquadramento teórico de pesquisadores como Deleuze (1988), Latour (1999, 2004, 2012), Barad (2003, 2007) e Fenwick (2010, 2011). Com essa proposta, procuramos facilitar a visualização de efeitos de agenciamentos difrativos e sociomateriais entre actantes (humanos e outros-que-não-humanos) na produção de conhecimento, de forma a desafiar nosso olhar antropocêntrico ao fazer pesquisas que poderiam, idealmente, ajudar a produzir uma nova forma de conhecer.