As crianças têm sido compreendidas como seres que necessitam da tutela do adulto para serem educadas, cuidadas, alimentadas e tornarem-se adultos prósperos. Nesse viés, as crianças seriam seres em porvir. Intencionamos, de maneira contrária, compreender a infância como um devir, o devir-criança seria um dos devires menores, que rasurariam a norma e possibilitariam experiências outras. A intenção desse estudo foi a de identificar potências nas narrativas infantis para pensar a docência no ensino de ciências. Dessa maneira, esse estudo identificou que o animismo infantil seria potente para a invenção de outras linguagens e discursos para as ciências. O referencial teórico são os estudos de Deleuze, Guattari, Rolnik, Foucault e de autores que afirmam a potência da escola e da infância, tais como: Kohan, Schérer, Corazza, entre outros. O percurso metodológico foi a (conto)cartografia e o instrumento para produção dos dados a observação de uma turma de pré-escola.