De acordo com a Constituição Federal (1988), Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nº 9.394/96, Política Nacional de Educação Especial e com a Declaração de Salamanca (UNESCO, 1994) as escolas tem o dever de acomodar todas as crianças independentemente de suas condições físicas, intelectuais, sociais, emocionais, linguísticas, entre outras, incluindo também, crianças deficientes e superdotadas. Nesta perspectiva, a educação inclusiva ganha força no contexto político brasileiro repercutindo diretamente na prática docente. Tendo em vista que, a inclusão em contexto escolar é um direito de qualquer indivíduo e a escola necessita urgentemente elaborar estratégias que propiciem desenvolvimento integral e aprendizagem adequada às especificidades de cada criança, o papel do educador torna-se fundamental para garantir a inclusão de forma integral visando a construção de uma educação e de um currículo que corresponda às necessidades de cada aluno. Especialmente no caso de crianças com síndrome de Down, a escola precisa promover além da integração, a interação entre as crianças, de forma participativa e dialógica, priorizando uma aprendizagem significativa. Neste sentido, o trabalho proposto nesta pesquisa visa refletir sobre o desenvolvimento intergral da criança com síndrome de Down a partir de relatos de experiência de professoras da Educação Infantil, além de, conhecer o nível de informação das educadoras sobre a inclusão de crianças com síndrome de Down no ensino regular. Para tanto, a pesquisa se caracteriza como um estudo empírico qualitativo que utilizará como instrumento de coleta de dados a pesquisa bibliográfica, a análise documental, a observação não participante e entrevista semi-estruturada com professores da rede pública de João Pessoa/PB. As análises dos dados serão realizadas de forma dialógica entre os fundamentos teóricos e os dados empíricos coletados. Os resultados parciais apontam que as condições atuais de inclusão de crianças com necessidades educacionais especiais ainda é um tema pouco debatido no contexto escolar, gerando uma variedade de visões acerca dos desafios propostos aos educadores, que precisam oferecer um ensino igualitário e de qualidade mesmo diante das carências e dificuldades apresentadas pelas crianças que apresentam tal deficiência. Considerando o contexto das políticas educacionais de inclusão no Brasil, o fato de inserir fisicamente as pessoas diferentes em ambientes comuns não garante a integração, é preciso haver interação, ou seja, a participação efetiva de todas as pessoas num contexto relacional garantindo a integração com interação no grupo. Em suma, a prática inclusiva contribui significativamente para a igualdade de acesso e permanência das crianças com síndrome de Down na escola, porém, é necessário oferecer recursos humanos e pedagógicos que atendem às necessidades e demandas educacionais destas crianças, este é um compromisso que os educadores devem assumir para que a inclusão seja uma realidade social.