O presente artigo propõe compreender as novas formas de aprendizagem diante a expansão dos meios digitais de comunicação fundamentados na linguagem interativa, considerando a tecnologia como produtora de possibilidades democráticas na dinâmica das relações sociais. Tais mudanças, reconfiguram uma nova forma de comunicação e aprendizagem interpessoal fora dos muros da escola. Tendo em vista este novo paradigma pretende-se analisar o discurso do professor perante as transformações culturais e físicas nas escolas do agreste central pernambucano. Este estudo faz parte de uma pesquisa mais ampla sobre infoinclusão docente que se desenvolve em nível nacional no bojo de um programa de educação tutorial da Universidade Federal de Pernambuco. Adotou-se como recurso teórico-metodológico o debate entre os processos de construção cultural dos indivíduos em Elias (1994) e as ideias de Goffman e Joy (2007) que apontam o surgimento da cultura tecnológica baseada nas rupturas sociais visando à democratização e descentralização da informação. Há um novo paradigma nas relações sociais, potencializado pelas redes que fundam uma interatividade virtual quebrando limites sócios- espaciais fazendo com que não haja mais universos micro/macro, da mesma forma que extinguem centro/periferia numa teia de comunicação na qual os usuários tem a oportunidade de emitir e receber informações simultaneamente. Neste contexto, a tecnologia interativa modifica o processo de ensino e aprendizagem dos alunos. A partir da análise de discurso, indicado por Orlandi (2010) dos professores entrevistados, reafirmamos que apesar da expansão tecnológica na sociedade e no corpo físico das escolas analisadas os discursos pedagógicos dos professores reforçam o modelo tradicional de ensino.