O objetivo deste trabalho é analisar a vivência de uma estudante com deficiência no ensino superior com o foco no desenvolvimento do processo de ensino- aprendizagem, na busca de compreender as contradições de sua inclusão na escola. Para Honnefl e Costas (2012) e Michelis (2011) a educação inclusiva tem se transformado em uma realidade no plano das leis, mas permanecem várias resistências à sua efetivação nas práticas e projetos institucionais. Como metodologia foram utilizadas as narrativas da primeira autora, aluna com paralisia cerebral que cursa licenciatura em Química, bem como as reflexões surgidas no desenvolvimento de seu acompanhamento pelo Núcleo de Atendimento às Pessoas com necessidades Especiais (NAPNE) do IFPB- Campus Sousa. A aluna entrou no curso superior pelo sistema de cotas, passando dois anos sem acompanhamento específico, sem reprovação e ao mesmo tempo sem desenvolvimento da aprendizagem, imersa em relações de apiedamento ou invisibilidade. Para Oliveira (2013) é necessário desenvolver fatores de acessibilidade nas relações pedagógicas e sociais capaz de gerar permanência e desenvolvimento desses cotistas na cultura universitária.