A comunidade indígena possui uma riqueza de cultura e saberes matemáticos em seus artesanatos que podem ser explorados no ambiente educacional para contribuir com o processo de ensino-aprendizagem das crianças da comunidade. Diante disso, este trabalho tem como objetivo apresentar os resultados de um trabalho de conclusão do curso de Licenciatura em Matemática, campus IV – UFPB, que objetivou investigar a possibilidade do uso dos cestos de cipós e palha de dendê na visualização de propriedades de Simetrias em tarefas para sala de aula do 6° ano do Ensino Fundamental, em escolas indígenas do município da Baía da Traição - Pb. Como referencial teórico utilizamos autores como D’ Ambrosio (1998), Domite (2004), Borba e Costa (1996), Paiva, (2003). Para o desenvolvimento da pesquisa foi inicialmente realizado um levantamento bibliográfico buscando compreender as orientações propostas na BNCC no que se diz respeito ao ensino da geometria nos anos finais do Ensino Fundamental, em específico as Transformações Geométricas, as isometrias. Em seguida, a pesquisa se desenvolveu nas seguintes etapas: a realização de uma visita a aldeia Cumaru, Baía da Traição - PB, para a observação do processo tradicional de confecção dos cestos de cipós e palha de dendê; a compreensão dos diversos elementos de simetrias existentes nas etapas do processo; e articulação desses diversos elementos de simetria com as competências descritas na BNCC para possibilitar a utilização em tarefas de sala de aula. Assim, esta pesquisa teve como resultado a elaboração de uma sequência didática, na perspectiva da Etnomatemática, para proporcionar ao aluno vivenciar as propriedades de simetrias por meio da visualização e identificação nos cestos de cipós dos Povos Potiguara da Paraíba.