A formação continuada docente de professores alfabetizadores é alvo de políticas públicas e programas oficiais de formação no Brasil. Há programas que ofertam materiais teóricos, acompanhamento da prática docente e propostas de mudança de posicionamento em relação à forma de perceber e praticar a alfabetização. Questiona-se então a coerência e a pertinência dessas propostas de formação, considerando métodos e procedimentos apresentados, bem como a estrutura e as intencionalidades nas quais podem estar baseadas tais formações. A formação continuada docente do professor alfabetizador deve basear-se em um caráter emancipador e efetivamente formativo para que seja atribuído sentido à prática pedagógica. Considerando essa perspectiva, o trabalho objetiva verificar como as publicações acadêmicas recentes têm abordado a formação continuada de professores alfabetizadores em programas oficiais. Como percurso metodológico, efetuou-se um levantamento de artigos publicados entre o ano de 2017 ao ano de 2021, realizando-se uma pesquisa sistematizada nas bases de dados Scielo, Periódicos Capes e Google Acadêmico. Foram adotados critérios de inclusão e exclusão e a partir desse contexto foram selecionados artigos para a revisão das publicações acadêmicas recentes sobre o tema. Realizou-se a análise dos textos e a partir dessa reflexão, identificou-se elementos para ponderar sobre as possibilidades e desafios das formações docentes propostas por programas oficiais com objetivo de formar professores alfabetizadores.