Introdução: Os problemas enfrentados pelo sistema educacional brasileiro, tanto podem gerar problemas na aprendizagem dos alunos como agravar as condições das crianças que já apresentam algum tipo de dificuldade de aprendizagem. Nesta mesma perspectiva, o fracasso em tarefas escolares pode conduzir a baixo senso de auto-eficácia para aprendizagem, podendo este ser preditivo para a falta de persistência na aprendizagem de novas tarefas. A inclusão escolar de crianças com algum tipo de deficiência é fato recente na educação brasileira, resultando em desconhecimento sobre seus benefícios, tanto entre os educadores quanto entre os pais. Apesar de a ação educacional estar respaldada nas leis e apresentar grandes avanços, esse é um processo que apresenta inúmeras dificuldades, sendo um grande desafio a ser superado por todos aqueles que nele estão envolvidos. Vários autores enfatizam a recepção pelos pais, em primeiro momento, com muita apreensão e medo, visto a possibilidade da entrada da criança com deficiência no ambiente escolar, cabendo-se então uma reformulação na educação e inclusão social, priorizando os direitos humanos igualitários em uma diversidade cultural. Foi então o objetivo deste trabalho, analisar os aspectos que influenciam e as estratégias utilizadas para a inserção de crianças com múltiplas deficiências no meio escolar. Metodologia: Trata-se de uma revisão bibliográfica, exploratória e descritiva de caráter qualitativo realizada no mês de outubro do ano de 2014, na qual adotou-se como fonte artigos da base de dados no Scientific Eletronic Library Online (SciELO), utilizando como descritores os termos “inclusão”, “escolar”, “crianças” e “deficiência”. Associados com a temática e objetivo desta pesquisa, listou-se 17 artigos dos quais 7 foram excluídos por não coincidirem com o objetivo e o tema proposto, fazendo com que a amostra fosse composta por 10 artigos publicados no período de 2010 a 2014. Resultados e discussões: Nos artigos analisados foi possível verificar que, apesar de muitas escolas se mostrarem receptivas à chegada dessas crianças, os pais e até mesmo os educadores ainda percebem que há o despreparo ou a falta de formação para recebê-las, gerando insegurança e, nota-se que inserção escolar de crianças com deficiência ainda é um processo em construção e os agentes da comunidade escolar têm pouca participação para construir uma lógica, que acolha as diferenças. De fato, em sua maioria, ainda vivenciam um papel de executores da política de Educação Inclusiva. Conclusão: Sendo assim, podemos concluir pelos artigos analisados, que a prática da inclusão social vem aos poucos substituindo a da integração social e parte do princípio de que para inserir todas as pessoas a sociedade deve ser modificada de modo a atender às necessidades de seus membros, para tanto, uma sociedade inclusiva não admite preconceitos, discriminações, barreiras sociais, culturais e pessoais, aspectos estes, que influenciam na inserção da prática de inclusão social na escola, de crianças com múltiplas deficiências. Neste sentido, se vê necessário criar e dar continuidade a estratégias e iniciativas para construir processos de educação inclusiva, que considerem desde a garantia de matrículas até a qualidade do ensino e da participação dessas crianças com deficiências, bem como estratégias pedagógicas em salas de aula.