Este trabalho objetiva relatar uma experiência de estágio vivida em uma escola pública. Para o desenvolvimento deste estudo, utilizaram-se como embasamento teórico autores relacionados à educação, a psicopedagogia, a inclusão escolar e a saúde. Dentre eles, ressalta-se Olívia Porto, João Beuclair, Susan Stainback e William Stainback.Apesar de atualmente a discussão a respeito da inclusão estar em alta, podemos perceber que no dia a dia não é o que acontece, os indivíduos com desenvolvimento atípico não são socialmente aceitos em grande parte dos contextos em que estão inseridos. O que favorece práticas discriminativas e preconceituosas, como o bullying.As utilizações de metodologias inadequadas adotadas pela Escola são muito significantes nesta relação, onde muitas vezes, estas instituições tentam modelar o comportamento do aluno para que estes se enquadrem em um padrão idealizado sem considerar as peculiaridades de cada sujeito. Para isso, são criados métodos que não atendem às necessidades destes e que não possuem flexibilidade curricular para a inovação e adaptação, fazendo com que o discente recue em seu processo de aprendizagem.Neste sentido, o profissional da Psicopedagogia é visto como um grande defensor do processo de inclusão na instituição escolar, tendo em vista que, a Psicopedagogia busca compreender o processo de aprendizagem humana, e todos os aspectos que interferem neste, visando criar estratégias que evitem e minimizem os possíveis déficits e dificuldades nesta aprendizagem. A escola na qual foi realizada esta experiência de estágio, estava ainda no inicio do processo de inclusão escolar, pois fazia menos de um ano que a mesma havia recebido seus primeiros alunos com necessidades específicas, nos quais constavam dois adolescentes epilépticos e outros dois alunos que ainda não apresentavam diagnóstico fechado.A demanda do trabalho psicopedagógico veio da própria equipe pedagógica da instituição, que alegava não estar preparada para lidar com a inclusão na prática. Desta forma, foi criado um plano de ação que visava construir junto com eles os pilares necessários para uma escola preparada para educar a todos.A estratégia de atuação utilizada foi a realização de um Encontro intitulado “Lidando com o novo: Inclusão e Readaptação Escolar”. Neste apresentou-se uma palestra que buscou, de maneira objetiva e resumida, trazer sugestões para efetivar qualitativamente a inclusão de todos os alunos com necessidades específicas, com ênfase nos alunos epiléticos, os quais eram a principal dificuldade relatada pelos professores.O trabalho realizado visou trazer reflexões sobre a inclusão e tentar auxiliar a equipe pedagógica desta escola. Mostrando-lhes que embora existam muitos desafios, externos e internos, ainda é possível oferecer aos discentes, enfatizando aqui os com necessidades específicas, um ambiente propício para o desenvolvimento cognitivo, social e emocional.Portanto, consideramos que este trabalho foi de grande relevância para a instituição na qual foi realizado e para os estagiários envolvidos. Assim como, contribuiu demonstrando as dificuldades e, principalmente, algumas estratégias da aplicação da inclusão em escolas com poucos recursos materiais e poucas iniciativas de qualificação profissional. Pois, embora estes últimos sejam grandes facilitadores, suas limitações não podem interferir na promoção de uma educação que respeite e valorize as especificidades de todos os discentes.