O PRESENTE TRABALHO TRATA SOBRE A CONSTRUÇÃO DISCURSIVA DA HETEROSSEXUALIDADE, POR MEIO DE UMA BREVE REVISÃO BIBLIOGRÁFICA QUE PROBLEMATIZA TAL CATEGORIA ENQUANTO NATURAL, PRÉ-DISCURSIVA. TENDO SURGIDO EM FINAIS DO SÉCULO XIX, A CATEGORIA HETEROSSEXUALIDADE FOI EVENTUALMENTE COOPTADA PELOS SABERES CIENTÍFICOS, TORNANDO-SE UM PARADIGMA DE NORMALIDADE SEXUAL NO SÉCULO XX E COMO TAL, SERVINDO TANTO À PROCESSOS DE LEGITIMAÇÃO, MAS TAMBÉM DE EXCLUSÃO E MARGINALIZAÇÃO DE DETERMINADOS MODOS DE SER. PARA TANTO, PAUTA-SE EM UMA REVISÃO TEÓRICA ARROLADA POR ELEMENTOS DE TRABALHOS DE JONATHAN NED KATZ (1996), HANNA BLANK (2012) ESTUDOS DE GÊNERO (BUTLER, 1995, 2003) E CONSIDERAÇÕES REFERENTES AO DISCURSO DE MICHEL FOUCAULT (1996, 2000, 2001, 2012). RESULTANTE DE TAL DISCUSSÃO, AMBICIONA-SE EVIDENCIAR COMO A COOPTAÇÃO DO CONCEITO DA HETEROSSEXUALIDADE PELOS SABERES BIOMÉDICOS DEFLAGROU A CRIAÇÃO DE UMA TAXONOMIA CIENTIFICAMENTE AUTORIZADA DOS DESEJOS E EXPERIÊNCIAS AFETIVOS/SEXUAIS HUMANAS.