A afetividade é um conjunto de sentimentos que influenciam na formulação e bem estar do Eu de uma pessoa, de forma que o seu não uso ou abandono, geram efeitos que acarretam grandes problemas para a personalidade que começa a se constituir ainda na infância. A família como primordial grupo social do sujeito, enquanto participativo no processo de desenvolvimento, se mostra pouco presente na vida das crianças e adolescentes em constante procedimento de aprimoramento das habilidades morais, que proporcionam circunstancias favoráveis para viver na sociedade atual. Nesse sentido, o presente trabalho tem por objetivo discutir as consequências do abandono afetivo, bem como apresentar a importância da escola como minimizadora de tais consequências. Tal objetivo efetivou-se a partir de experiências desenvolvidas por meio de observações e apresentações teatrais realizadas no ambiente escolar, onde se desempenhou atividades com crianças abordando a questão das diferenças e da afetividade para com o próximo no ambiente educacional, bem como em outros lugares de convívio social dos mesmos, que a problemática em discussão fora observada. A globalização e o capitalismo também são fortes contribuintes negativos para o aprimoramento e prática do abandono afetivo, fazendo com que cada vez mais a família afaste-se de suas crianças. Conclui-se assim que a escola tem papel fundamental em integrar padrões e diversidades de valores, enfatizando assim desde muito cedo o senso crítico e o desenvolvimento integral das crianças, já que a modernidade que afeta a sociedade e consequentemente nossas crianças, nos exige o aperfeiçoamento de ideias e atitudes.