SÃO INÚMERAS AS CONCEPÇÕES DE APRENDIZAGEM INSERIDAS HISTORICAMENTE NAS TEORIAS DE APRENDIZAGEM. LOGO, SE FAZ NECESSÁRIO O CONHECIMENTO E ESCOLHA DAQUELA MAIS CONSISTENTE PARA QUE SEJA POSSÍVEL NORTEAR O TRABALHO EM SALA DE AULA A FIM DE QUE SE ATENDA ÀS NECESSIDADES URGENTES DA NOSSA SOCIEDADE. INSERIDOS EM UMA SOCIEDADE MARCADA POR RÁPIDAS MUDANÇAS DE PARADIGMAS, ESTE TRABALHO PROPÕE UMA DISCUSSÃO À LUZ DA TEORIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DE DAVID AUSUBEL (2003) E, ESPECIALMENTE, EM ANTÔNIO MOREIRA (2010, 2017, 2019) QUE INCORPORA, MAIS RECENTEMENTE, A NOÇÃO DE “CRÍTICA” ÀS ENTRELINHAS DA PERSPECTIVA AUSEBELIANA. DESSE MODO, QUESTIONA-SE COMO A POSTURA CRÍTICA ADOTADA POR MOREIRA RESSIGNIFICA A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA. ESSA PESQUISA APROXIMA-SE TAMBÉM DAS IDEIAS DE PAULO FREIRE NO QUE TANGE O ENSINAR COM CRITICIDADE, UMA VEZ QUE CONTRIBUI PARA QUE O INDIVÍDUO SE DEFENDA DA IRRACIONALIDADE DA SOCIEDADE. ASSIM, COM BASE NA ANÁLISE DA TEORIA PROPOSTA POR MOREIRA, BUSCA-SE COMPREENDER OS FUNDAMENTOS QUE RESPALDAM A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA CRÍTICA. EM LINHAS GERAIS, O CONCEITO DE APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA POR AUSUBEL (2003; 1963) É DEFINIDO COMO UM PROCESSO DE INTERAÇÃO COGNITIVA DE FORMA NÃO-ARBITRÁRIA E NÃO LITERAL, ENTRE IDEIAS NOVAS E AS JÁ EXISTENTES NA ESTRUTURA COGNITIVA DO INDIVÍDUO. NA VISÃO COGNITIVISTA DE AUSUBEL (2003), PARA PLANEJAR, DESENVOLVER E AVALIAR A APRENDIZAGEM DO ALUNO NA SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA, DEVEMOS INCORPORAR CONDIÇÕES PARA QUE ELA OCORRA E FACILITÁ-LA EM SALA DE AULA. PARA ISSO, EMBORA O PROFESSOR AINDA SEJA VISTO COMO AQUELE QUE DIRIGE AS ATIVIDADES EM SALA DE AULA, ELE SERIA O RESPONSÁVEL PELA PREPARAÇÃO DE AULAS E PELA COMUNICAÇÃO ESSENCIAL PARA QUE O ALUNO SE FAÇA PRESENTE DE FORMA CONSTANTE E PARTICIPATIVA NO SEU PROCESSO DE APRENDIZAGEM, BEM COMO DETENHA O INTERESSE E CURIOSIDADE DOS APRENDIZES POR NOVAS INFORMAÇÕES. FUNDAMENTADO EM AUSUBEL (2003; 1963) E ANCORANDO SUAS IDEIAS EM POSTMAN E WEINGARTNER (1969), MOREIRA (2017) TEM A MESMA ABORDAGEM DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA QUE AUSUBEL, PORÉM, ALGUNS ANOS DEPOIS DE TRABALHAR COM ESSA TEORIA, PASSOU A DEFENDER UMA ABORDAGEM CRÍTICA À APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA. MOREIRA (2011) ELABORA UMA PROPOSTA DE APRENDIZAGEM NUMA PERSPECTIVA CRÍTICA, JUSTIFICANDO PELO FATO DE QUE EM PLENO SÉC. XXI É PRIMORDIAL ADQUIRIR E QUESTIONAR OS CONHECIMENTOS, LEVANDO EM CONSIDERAÇÃO AS MUDANÇAS CONSTANTES, LIGADO AO FATO QUE O CONHECIMENTO ADVÉM DE UMA CONSTRUÇÃO HUMANA. DESSA MANEIRA, A CRITICIDADE PODE LEVAR OS INDIVÍDUOS A ENFRENTAREM A GAMA DE CONHECIMENTOS E TODAS AS MODIFICAÇÕES OCORRIDAS NA VIDA CONTEMPORÂNEA. SENDO ASSIM, A CRITICIDADE PODE DAR LUGAR A INGENUIDADE DOS INDIVÍDUOS, COMO DISCUTE PAULO FREIRE (2021), SENDO ESTA TAREFA FUNDAMENTAL DA EDUCAÇÃO. ESSA IDEIA DE CRÍTICA QUE PERMEIA O TRABALHO DE VÁRIOS AUTORES SE CARACTERIZA FRENTE A CRÍTICA QUE SE FAZ DE UMA EDUCAÇÃO “TREINADORA E PASSIVA” DESNECESSÁRIA ATUALMENTE. NO CONTEXTO ESCOLAR, NÃO SE ACOMPANHA AS MUDANÇAS RÁPIDAS DA SOCIEDADE O QUE DISTANCIA O MEIO ESCOLAR E SOCIAL. EXISTE UMA CENTRALIZAÇÃO DO PROFESSOR E CARACTERÍSTICAS COMPORTAMENTAIS, DO TIPO ‘BANCÁRIO” DITO POR FREIRE (2019), FORA DE FOCO COMO CONTEXTUALIZADO POR POSTMAN E WEINGARTNER, SEM INCENTIVO A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA E MUITO MENOS DE FORMA CRÍTICA. SENDO ASSIM, ESTA APROXIMAÇÃO FREIREANA EM RELAÇÃO À ESCOLA LEVA A UMA REFLEXÃO SOBRE O QUE É A ESCOLA E SOBRE COMO ELA DEVERIA SER PARA SER COERENTE COM O DISCURSO DO ENSINO CENTRADO NO ALUNO. UM PRINCÍPIO GERAL DA AUTONOMIA DE FREIRE (2021) É DE QUE ENSINAR NÃO É TRANSFERIR CONHECIMENTO, MAS SIM CRIAR POSSIBILIDADES PARA SUA CONSTRUÇÃO E PRODUÇÃO. ISSO NÃO SIGNIFICA QUE O ALUNO TEM TOTAL LIBERDADE PARA ESCOLHER O QUE APRENDER. UM EVENTO EDUCATIVO DEVE SER PERMEADO PELO ENSINO, CURRÍCULO, APRENDIZAGEM E CONTEXTO. PARA MOREIRA (2010), A EDUCAÇÃO DEVERIA PROPORCIONAR UMA APRECIAÇÃO CRÍTICA DO MUNDO, BUSCANDO AMPLIAR E APROFUNDAR APRENDIZAGENS RELEVANTES, DE LONGA DURAÇÃO, QUE ALTERASSE PARA SEMPRE A NOSSA APRECIAÇÃO DO MUNDO. PORTANTO, PROFESSORES NÃO DEVERIAM SE CONFORMAR COM A REPETIÇÃO DE PADRÕES EM SALA DE AULA, MAS POSSIBILITAR O DESENVOLVIMENTO CRITICO RESPALDADA NAS CONCEPÇÕES CRÍTICAS EM RELAÇÃO AO QUE E COMO É ENSINADO E APREENDIDO. NESTA PERSPECTIVA SUBVERSIVA, MOREIRA DESCREVE QUE OS INDIVÍDUOS PODEM FAZER PARTE DA SUA CULTURA E AO MESMO TEMPO ESTAR FORA DELA. ISTO SE EXPLICA PELO FATO DE QUE O SUJEITO PODE TRANSFORMAR UMA IDEIA VIGENTE ACEITA PELA MAIORIA DA POPULAÇÃO. UM GRANDE DESAFIO CONTEMPORÂNEO, SEGUNDO MOREIRA (2011), É JUSTAMENTE DO DESENVOLVIMENTO DE UMA PROPOSTA DE CIDADANIA MAIS CONSCIENTE E ATUANTE. PAUTADO EM UMA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA COM VIÉS CRÍTICO, OS INDIVÍDUOS PODERIAM SER LEVADOS A VALORIZAR A DIVERSIDADE CULTURAL E ARGUMENTAR VERDADES QUE NOS FORAM TRANSMITIDAS, ALÉM DE COMPREENDER VALORES E CONDIÇÕES SOCIAIS E HISTÓRICAS QUE NÃO SÃO CLARAMENTE MANIFESTADOS. AS REFLEXÕES APRESENTADAS BUSCARAM EXPLORAR PARA ALÉM DAS QUESTÕES RELACIONADAS AO ENSINO TRADICIONAL AINDA PRESENTE EM SALA DE AULA, QUE SE PAUTA NA MEMORIZAÇÃO DE CONHECIMENTOS, PROMOVENDO O ENFOQUE PARA A IMPORTÂNCIA DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA DE FORMA CRÍTICA COMO CONTRIBUIÇÃO NA FORMAÇÃO DE INDIVÍDUOS PARA QUE COMPREENDAM SEU PAPEL NA SOCIEDADE SEM SE DEIXAR DOMINAR POR SUAS RÁPIDAS TRANSFORMAÇÕES. DESTACA-SE, NESTE CONTEXTO, O PAPEL FUNDAMENTAL DO PROFESSOR EM PROMOVER A CRITICIDADE E A IMPLEMENTAÇÃO DOS PRINCÍPIOS FACILITADORES DESIGNADOS POR MOREIRA (2010; 2017; 2019) PARA QUE A APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA CRÍTICA OCORRA EFETIVAMENTE.