O desenho está presente no cotidiano infantil, em razão do auxílio dessa imagem gráfica em identificar as diferentes etapas vivenciadas pelas crianças de 18 meses a 5 anos de idade, considerando cada uma com um ritmo próprio. Nesse contexto, o desenho não é trabalhado como poderia ser, na medida em que pode ser um instrumento para realização das intervenções psicopedagógicas, pois no momento em que o infante realiza essa atividade transfere seu estado para o papel, na medida em que permite um olhar específico. O tema abordado se impõe a partir da constatação de que os desenhos podem ser compreendidos sob a perspectiva de tipologia e livre manifestação da linguagem, um método de comunicação por meio de uma atividade prazerosa. Dessa forma, este artigo tem por finalidade possibilitar o diálogo entre os vários pesquisadores dessa área, com a intenção de desencadear reflexões de psicopedagogos, professores e pais sobre o desenho infantil como comunicação. Para isso, o trabalho tem como objetivo contextualizar o desenho infantil, a perspectiva psicopedagógica, e a conexão dessas duas possibilidades, que, juntas, podem realizar no infante e compreendê-los. Utilizando de revisão bibliográfica da doutrina de Vygotsky (1988), Piaget (1969), Azenha (1994) e Moreno (2005), conclui-se que o desenho pode ser um instrumento de comunicação do infante, passível de ser utilizado pelo psicopedagogo no desempenhar das suas funções, tendo em vista estar presente no processo de obtenção da formação da linguagem infantil.