AS CIRCUNSCRIÇÕES DO CAMPO CIENTÍFICO SÃO DELIMITADAS PELO EMPREGO DE METODOLOGIAS E TEORIAS QUE SE INCUMBEM
DE DESCREVER AS CARATERÍSTICAS INTRÍNSECAS DE UM DETERMINADO OBJETO DE ESTUDO, BEM COMO, DESENVOLVER MEIOS DE
CONCEITUA-LO DE FORMA A TORNAR SUAS ESTRUTURAS E ASPECTOS MENOS RESISTENTES AO CONHECIMENTO E A MANIPULAÇÃO.
ENTRETANTO, POR VEZES, A DIFICULDADE EM SE CONCEBER DETERMINADO OBJETO, NO CAMPO CIENTIFICO, SUSTENTA-SE EM
AQUELE ESTÁ IMBRINCADO COM ASPECTOS SÓCIO-HISTÓRICOS CONSTITUÍDOS NA/PELA CULTURA OUTORGANDO, AO MESMO,
FLUTUAÇÕES QUANTO A UMA POSSÍVEL DEFINIÇÃO CONCEITUAL. NESSE SENTIDO, AS CONCEITUALIZAÇÕES ACERCA DA ACEPÇÃO DA
LITERATURA SÃO NODADAS POR UMA METAMORFOSE TANTO EM SUA NOMENCLATURA QUANTO NO EM SEU EMPREGO SEMÂNTICO.
DESDE O BERÇO HELÊNICO E A GÊNESE ARISTOTÉLICA DA MIMESE ATÉ OS DIAS ATUAIS, A LITERATURA TEM SEM SE MOSTRADO
RESISTENTE A ENQUADRAMENTOS TEÓRICOS QUE VENHAM DETERMINAR UMA PERSPECTIVA UNÍVOCA E IMUTÁVEL. PARTINDO
DESSAS PRIMÍCIAS, O ESCOPO DESTE ESTUDO SE ANCORA EM FOMENTAR REFLEXÕES HISTÓRICAS E TEÓRICAS, A PARTIR DE UMA
REVISÃO BIBLIOGRÁFICA, SOBRE AS MÚLTIPLAS FACETAS QUE ESQUADRINHAM A ESSÊNCIA OU AS POSSÍVEIS DEFINIÇÕES DE ARTE
LITERÁRIA. NO DECORRER DA ELABORAÇÃO DESTA PESQUISA, PUDEMOS CONSTATAR, A PARTIR DO SÉCULO XX O SURGIMENTO DE
CORRENTES OU PERSPECTIVAS TEÓRICAS/METODOLÓGICAS QUE REVEZAVAM ENTRE PRIVILEGIAR OS ASPECTOS INTERNO E EXTERNO
DO TEXTO, PORÉM SEMPRE A SE MOSTRAREM INSUFICIENTES NO INTUITO DE ABARCAR OU APREENDER O OBJETO LITERÁRIO EM SUA
TOTALIDADE. NESSE SENTIDO, PAUTAMO-NOS NOSSAS REFLEXÕES NAS CONTRIBUIÇÕES DE EAGLETON (2006); COMPANON
(1999) CANDIDO (2006) ENTRE OUTROS TEÓRICOS QUE CONSTITUEM O ÂMAGO DA TEORIA LITERÁRIA.