O CUIDADO AOS USUÁRIOS COM CONDIÇÕES CRÔNICAS É UM DOS DESAFIOS DAS EQUIPES DE ATENÇÃO
PRIMÁRIA À SAÚDE (APS), VISTO QUE SÃO CONDIÇÕES MULTIFATORIAIS, COM DETERMINANTES BIOLÓGICOS,
SOCIOCULTURAIS E COM AUMENTO PROPORCIONAL DO ENVELHECIMENTO. O CONTROLE DA PRESSÃO ARTERIAL
(PA) EXIGE PARTICIPAÇÃO INDIVIDUAL E TAMBÉM REQUER A ASSISTÊNCIA DA EQUIPE DE SAÚDE, POIS HÁ
FATORES COMO A CRONICIDADE DA DOENÇA, ALIADA À FALTA DE SINTOMATOLOGIA, QUE INFLUENCIAM E
CONDICIONAM O PROCESSO DO EFETIVO CONTROLE DOS NÍVEIS PRESSÓRICOS. NESSE CONTEXTO, A ADESÃO AO
TRATAMENTO PROPOSTO SE COLOCA COMO DESAFIO PARA ASSISTÊNCIA. NESTE RELATO DE EXPERIÊNCIA, BUSCOUSE VERIFICAR A PERCEPÇÃO DOS PACIENTES ATENDIDOS EM UMA UNIDADE BÁSICA DE SAÚDE DA FAMÍLIA
(UBSF) DE CAMPO GRANDE E A ADESÃO AO TRATAMENTO FARMACOLÓGICO DA HAS, POR MEIO DE UM
INSTRUMENTO DE FÁCIL APLICAÇÃO DURANTE AS CONSULTAS. A ABORDAGEM AOS PACIENTES OCORREU AO LONGO
DE UM MÊS, ENTRE SETEMBRO E OUTUBRO DE 2021 NA USF CIDADE MORENA “DR. VICENTE FRAGELLI”
DURANTE AS CONSULTAS DE ROTINA. O QUESTIONÁRIO FOI APLICADO SOMENTE PARA OS PACIENTES COM
DIAGNÓSTICO PRÉVIO DE HIPERTENSÃO ARTERIAL SISTÊMICA (HAS) E INCLUIU PERGUNTAS SOBRE O TRATAMENTO
E A PERCEPÇÃO DO PACIENTE ACERCA DA PRÓPRIA CONDIÇÃO. FORAM ANALISADOS RESULTADOS RELATIVOS A 25
USUÁRIOS. ENTRE ESSES, 19 (76%) CONSIDERARAM UTILIZAR CORRETAMENTE A MEDICAÇÃO; 20 (80%)
JULGARAM TER SEUS NÍVEIS PRESSÓRICOS SOB CONTROLE; 10 (41,7%) ESTAVAM EM MONOTERAPIA
MEDICAMENTOSA, 11 (45,8%) EM DUPLA TERAPIA E 3 (12,5%) UTILIZAVAM 3 OU MAIS CLASSES DE ANTIHIPERTENSIVOS; 5 (20%) RELATARAM REALIZAR TRATAMENTO ENTRE 1 E 2 ANOS, 3 (12%) ENTRE 2 E 5 ANOS, 4
(16%) ENTRE 5 E 7 ANOS E 13 (52%) RESPONDERAM QUE TOMAVAM MEDICAMENTOS HÁ 10 ANOS OU MAIS.
A AVALIAÇÃO CLÍNICA DOS PACIENTES DEMONSTROU QUE 17 (68%) DELES SE ENCONTRAVAM DENTRO DA PA
ALVO PARA A SUA IDADE E 8 (32%) SE ENCONTRAVAM FORA DESSA. CONSTATOU-SE QUE A MAIOR PARTE DOS
PACIENTES AVALIADOS RELATOU TER A PRESSÃO CONTROLADA DENTRO DE NÍVEIS ALVO, O QUE DE FATO OCORRIA.
ENTRETANTO, OBSERVOU-SE CASOS ONDE A PERCEPÇÃO DO USUÁRIO ACERCA DE SEU CONTROLE PRESSÓRICO
ESTAVA EQUIVOCADA, O QUE PODERIA TER RELAÇÃO COM O USO CORRETO DOS MEDICAMENTOS. COMO
DESDOBRAMENTO DESTE RASTREAMENTO FORAM DESENVOLVIDAS INTERVENÇÕES EDUCATIVAS JUNTO A CADA UM
DOS PACIENTES, AO FINAL DAS CONSULTAS. RESSALTA-SE QUE O RETORNO DOS GRUPOS DE HIPERDIA, QUE FORAM
SUSPENSOS COM A PANDEMIA SÃO PERCEBIDOS COMO FUNDAMENTAIS PARA CONTINUIDADE DAS ATIVIDADES
DE EDUCAÇÃO EM SAÚDE, IMPORTANTES PARA ADESÃO, UMA VEZ QUE ESTA SE RELACIONA NÃO APENAS AO
MEDICAMENTO OU À DOENÇA EM SI, MAS TAMBÉM AOS ASPECTOS SUBJETIVOS QUE PERMEIAM O MEIO SOCIAL
E CULTURAL DO USUÁRIO E DE SUA FAMÍLIA.