DENTRE AS PESQUISAS NO CAMPO DA ETNOGRAFIA EM EDUCAÇÃO QUE UTILIZAM COMO FERRAMENTA PARA COLETA DE DADOS A OBSERVAÇÃO DO FENÔMENO EM SALA DE AULA, É POSSÍVEL IDENTIFICAR DUAS GRANDES TENDÊNCIAS METODOLÓGICAS: 1) AQUELA QUE REIVINDICA A METODOLOGIA DE TIPO ETNOGRÁFICO (ANDRÉ, 1995); 2) AQUELA COM ABORDAGEM METODOLÓGICA DA ETNOGRAFIA NA EDUCAÇÃO (DAUSTER, 1997; 2004; ROSISTOLATO, 2018). EM AMBAS AS VERTENTES, ESTUDOS DESCREVEM AS AMBIVALÊNCIAS QUE CERCAM AS PESQUISAS NO ESPAÇO ESCOLAR QUE REALIZAM OBSERVAÇÃO DE AULAS. O TEXTO DEBATE ALGUNS DESSES LIMITES ATRAVÉS DE PESQUISA EM DUAS ESCOLAS DA REDE MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO DE BELO HORIZONTE, LOCALIZADAS NA REGIONAL NORTE DESSE MUNICÍPIO, EM DUAS CLASSES DE EDUCAÇÃO INFANTIL, COM CRIANÇAS NA FAIXA ETÁRIA DE 5 ANOS, CARACTERIZANDO-SE COMO PESQUISA QUALITATIVA COM REALIZAÇÃO DE OBSERVAÇÃO DE AULAS E ENTREVISTAS COM DOCENTES E COORDENADORES. OS RESULTADOS APONTAM PARA ALGUMA ALTERIDADE EM RELAÇÃO A FUNÇÃO DO PESQUISADOR NO ESPAÇO ESCOLAR, ORA INTERPRETADO COMO ESTAGIÁRIO, ORA COMO PESQUISADOR, ORA REPRESENTANDO AMEAÇA. CONTUDO, O CAMPO PARECE INDICAR QUE INSTITUIÇÕES QUE PREVIAMENTE OBTIVERAM CONTATO COM ESSA MODALIDADE DE PESQUISA APRESENTAM MENOR RESISTÊNCIA QUANTO À PRESENÇA DO PESQUISADOR NO ESPAÇO ESCOLAR.