ESTE ARTIGO TEM O OBJETIVO DE APRESENTAR OS RESULTADOS DE UM ESTUDO COMPARADO ENTRE A ADAPTAÇÃO FÍLMICA EM ANIMAÇÃO DO CLÁSSICO CONTO DE FADAS D´A BELA E A FERA (BEAUTY AND THE BEAST, 1991) E A VERSÃO CINEMATOGRÁFICA DO ROMANCE CINQUENTA TONS DE CINZA (FIFTY SHADES OF GRAY, 2015). O PRIMEIRO É UMA ADAPTAÇÃO PARA O CINEMA DE UM CONTO BELO E FEROZ CRIADO PELA ESCRITORA FRANCESA JEANNE-MARIE LE PRINCE DE BEAUMONT, EM 1740. O SEGUNDO, UMA ADAPTAÇÃO PARA O CINEMA DO ROMANCE ERÓTICO QUE FAZ PARTE DO VOLUME UM DA TRILOGIA CINQUENTA TONS DE CINZA, CRIADA PELA ESCRITORA AMERICANA ERIKA LEONARD JAMES. O ESTUDO PROPÕE-SE A ELUCIDAR A TENDÊNCIA DA REPRESENTAÇÃO D’A BELA E A FERA PRESENTE NOS ROMANCES CONTEMPORÂNEOS ENQUANTO PERFORMANCE NA CARACTERIZAÇÃO DAS PERSONAGENS PROTAGONISTAS. POR MEIO DE UMA APRECIAÇÃO CRÍTICA DAS OBRAS, REÚNE-SE UM CONJUNTO DE REFERÊNCIAS AO CLÁSSICO INFANTIL PRESENTES NO FILME ERÓTICO, SOBRE AS QUAIS NÃO HÁ INDÍCIOS DE QUE TENHAM SIDO DISPOSTAS DE MANEIRA PROPOSITAL NOS ENQUADRAMENTOS DE CENAS. NO ENTANTO, DE MANEIRA HIPOTETICAMENTE INVOLUNTÁRIA ESTÃO PRESENTES, CONSTITUINDO-SE ENQUANTO CURIOSIDADE E ELEMENTO INTRIGANTE PARA OS APRECIADORES/FÃS DE AMBAS AS ADAPTAÇÕES. O ESTUDO CONCLUI(U) QUE ESSAS REFERÊNCIAS OBSERVADAS NAS OBRAS LEVA(RA)M OS LEITORES/ESPECTADORES DE LITERATURA/CINEMA A AMPLIAR SUAS VISÕES DO ROMANCE/FILME, PROPORCIONANDO UMA EXPERIÊNCIA DE RECEPÇÃO ESTÉTICA MAIS SIGNIFICATIVA, ISTO É, AGREGANDO DIÁLOGOS INTERTEXTUAIS, INTERMIDIÁTICOS E INTERCULTURAIS. ENTRE AS REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS DESTE ENSAIO ESTÃO OS AUTORES RENÉ WELLEK (1994), PATRICE PAVIS (2008) E LINDA HUTCHEON (2013).