NESTE TRABALHO BUSCA-SE QUESTIONAR A INCLUSÃO COMO PRÁTICA EXCLUSIVA DA SALA REGULAR, ATENTANDO-SE PARA O CASO DA EDUCAÇÃO DE SURDOS, E SUAS SINALIZAÇÕES PARA O RECONHECIMENTO DE SUAS DIFERENÇAS A PARTIR DE ESCOLAS ESPECIFICAS. AO MESMO TEMPO QUE APRESENTO OS AVANÇOS LEGISLATIVOS FOCANDO NA DISCUSSÃO SOBRE O DESMEMBRAMENTO DA EDUCAÇÃO BILÍNGUE DA EDUCAÇÃO ESPECIAL, CRIANDO UMA MODALIDADE INDEPENDENTE DE EDUCAÇÃO. A SURDEZ TEM APRESENTADO UM DISCURSO DE AFASTAMENTO DOS DISCURSOS DA DEFICIÊNCIA, POSTULANDO-SE COMO DIFERENÇA LINGUÍSTICA E CULTURAL, NESSES TERMOS A EDUCAÇÃO SURDA TEM BUSCADO ALICERÇAR-SE NO APROFUNDAMENTO DESSES DIREITOS. A ESCOLA BILÍNGUE, UTILIZA-SE DA LIBRAS COMO PRIMEIRA LÍNGUA E DO PORTUGUÊS COMO SEGUNDA, É UMA REIVINDICAÇÃO DA COMUNIDADE SURDA SINALIZADORA A DÉCADAS, CONTUDO TEM SIDO SILENCIADO PELO DISCURSO INCLUSIVO QUE PRECONIZA A EDUCAÇÃO APENAS NA SALA REGULAR. EM 2011 AMEAÇOU-SE FECHAR ESCOLAS BILÍNGUES COMO O INSTITUO NACIONAL DE EDUCAÇÃO DE SURDOS, AÇÃO RESPONDIDA COM MOVIMENTOS NACIONAIS DE RESISTÊNCIA, QUE CONSEGUIRAM A RETIRADA DA MEDIDA. MESMO ASSIM, NOS ANOS SEGUINTES A EDUCAÇÃO BILÍNGUE RECEBEU RESISTÊNCIA, SENDO COLOCADA EM SALAS BILÍNGUES. O MOVIMENTO SINALIZADOR QUESTIONOU TAIS DECISÕES, CONSIDERANDO QUE AS SALAS NÃO CONGREGAVAM O ESPAÇO LINGUÍSTICO E CULTURAL NECESSÁRIO PARA AS PESSOAS SURDAS. A PL 4.909/2020 DEU NOVA ROUPAGEM A ESSA DISCUSSÃO CONSTRUINDO UMA SAÍDA PARA O IMPASSE COM A INDEPENDÊNCIA DA EDUCAÇÃO BILÍNGUE DA EDUCAÇÃO ESPECIAL, POR TAL, PODERÁ CONSTRUIR REGULAMENTAÇÕES E POLÍTICAS PRÓPRIAS QUE RESPEITAM SUA SINGULARIDADE CULTURAL ASSIM COMO A EDUCAÇÃO INDÍGENA E QUILOMBOLA, RESPEITANDO AS DIFERENÇAS DESSE GRUPO.