EM 2009, O EXAME NACIONAL DO ENSINO MÉDIO (ENEM) FOI REFORMULADO COM VISTAS A AMPLIAR SUA FUNÇÃO DE INSTRUMENTO DE ACESSO AO ENSINO SUPERIOR NOS ÂMBITOS PÚBLICO E PRIVADO. ESTE ARTIGO, ANALISA A REORGANIZAÇÃO ESTRUTURAL E METODOLÓGICA DO EXAME, BUSCANDO COMPREENDER SEUS PRESSUPOSTOS POLÍTICOS E EDUCACIONAIS, ALÉM DE SUA CONCEPÇÃO DE CONHECIMENTO E FORMAÇÃO. COM APORTE TEÓRICO DE AUTORES DA TEORIA CRÍTICA DA SOCIEDADE, FOI REALIZADA UMA PESQUISA DOCUMENTAL QUE UTILIZOU COMO FONTE OS RELATÓRIOS PEDAGÓGICOS, A LEGISLAÇÃO DE REFERÊNCIA E OS ITENS DAS PROVAS DAS VERSÕES ORIGINAL E REFORMULADA DO EXAME. VERIFICOU-SE QUE, APESAR DAS CONSIDERÁVEIS ALTERAÇÕES, NO QUE SE REFERE À ESTRUTURA E AOS PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DE ELABORAÇÃO, APLICAÇÃO E CORREÇÃO DA PROVA, A REFORMULAÇÃO NÃO ROMPEU COM OS PRINCIPAIS PRESSUPOSTOS POLÍTICOS E EDUCACIONAIS QUE BALIZARAM A CRIAÇÃO DO ENEM. JÁ A REORGANIZAÇÃO DA MATRIZ DE REFERÊNCIA ASSENTOU-SE EM UMA CONCEPÇÃO INSTRUMENTAL DE CONHECIMENTO, PRIORIZANDO E AMPLIANDO A AFERIÇÃO DE HABILIDADES E COMPETÊNCIAS PROCEDIMENTAIS DO PENSAMENTO. CONSTATAMOS QUE, EMBORA ALGUMAS QUESTÕES APRESENTEM POTENCIAL DE FAVORECER A ANÁLISE REFLEXIVA SOBRE A SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA, OS ITENS AVALIATIVOS TESTAM, SOBRETUDO, O DOMÍNIO INSTRUMENTAL DE LEITURA, INTERPRETAÇÃO E CÁLCULO QUE O PARTICIPANTE POSSUI.