INTRODUÇÃO - A ELABORAÇÃO DE PROJETOS ARQUITETÔNICOS DE ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE DEVE OBEDECER ÀS NORMAS, PORTARIAS E RESOLUÇÕES DE DIVERSOS ÓRGÃOS: PREFEITURA MUNICIPAL, CORPO DE BOMBEIROS, MEIO AMBIENTE, MINISTÉRIO DE SAÚDE E AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA (ANVISA). ENTRETANTO, O SIMPLES CUMPRIMENTO DESTAS EXIGÊNCIAS TEM SE MOSTRADO, NA PRÁTICA, INSUFICIENTES PARA GARANTIR A QUALIDADE DOS SERVIÇOS DE SAÚDE PRESTADOS À POPULAÇÃO. DESCRIÇÃO – INSPIRADO NO PROJETO TERAPÊUTICO SINGULAR (PTS), QUE TRABALHA A INDIVIDUALIDADE E A SINGULARIDADE DE CADA USUÁRIO, TRAÇANDO ESTRATÉGIAS DE INTERVENÇÃO A PARTIR DO PRÓPRIO INDIVÍDUO, DA FAMÍLIA, DO TERRITÓRIO E DA EQUIPE DE SAÚDE ENVOLVIDA, UTILIZOU-SE, NOS PROJETOS DE AMBIENTES DE SAÚDE, ESTA MESMA CONCEPÇÃO: PROJETOS ARQUITETÔNICOS SINGULARES ELABORADOS A PARTIR DA PARTICIPAÇÃO DE USUÁRIOS, TRABALHADORES, GESTORES E ESPECIALISTAS (ARQUITETOS), NUM PROCESSO DE COGESTÃO OU GESTÃO PARTICIPATIVA COM A APLICAÇÃO DO MÉTODO DA RODA. DESENVOLVIMENTO - A PRODUÇÃO DE AMBIENTES DE SAÚDE DESVINCULADOS DOS PROFISSIONAIS QUE NELES EXERCEM SUAS ATIVIDADES, GERA, MUITAS VEZES, INSATISFAÇÃO, DESMOTIVAÇÃO, DESGASTE E IMPROVISAÇÃO. PARA OS USUÁRIOS PODE OCORRER LIMITAÇÃO DO ACESSO, DA RESOLUTIVIDADE, DA HUMANIZAÇÃO, DA CONTINUIDADE DA ASSISTÊNCIA E A NÃO OFERTA DE DETERMINADAS AÇÕES. INTERVENÇÃO – TRABALHOU-SE, NO MUNICÍPIO DE DOURADOS (MS), PERÍODO DE 2013/2019, COM OS PROJETOS ARQUITETÔNICOS DE CONSTRUÇÃO, REFORMA E AMPLIAÇÃO DE UNIDADES BÁSICAS DE SAÚDE (UBS), SETORES DO HOSPITAL UNIVERSITÁRIO, CENTRAL DE MATERIAL ESTERILIZADO, IMPLANTAÇÃO DE ACADEMIA DE SAÚDE EM UBS, ENTRE OUTROS, UTILIZANDO ESTA NOVA MANEIRA DE ELABORAR PROJETOS ARQUITETÔNICOS DE SAÚDE, BASEADA NA COGESTÃO OU GESTÃO PARTICIPATIVA E NO CONCEITO DE AMBIÊNCIA DA POLÍTICA NACIONAL DE HUMANIZAÇÃO. ESTE FORMATO, TAL QUAL UM PTS, TROUXE PARA O CENTRO DAS DISCUSSÕES, REALIZADAS NO FORMATO DE RODAS DE CONVERSA E OFICINAS DE AMBIÊNCIA, OS SABERES, AS VIVÊNCIAS E AS EXPERIÊNCIAS DOS TRABALHADORES E USUÁRIOS, QUE, JUNTOS COM GESTORES E ESPECIALISTAS (ARQUITETOS), MATERIALIZARAM SEUS DESEJOS, TRADUZINDO E DECODIFICANDO EM PAREDES, CORREDORES, ABERTURAS, FLUXOS DE PESSOAS E MATERIAIS, EQUIPAMENTOS HOSPITALARES, REVESTIMENTOS E INSTALAÇÕES. AO FINAL DE CADA RODA DE CONVERSA E NOS REDESENHOS DOS PROJETOS, ATENDENDO ÀS ESPECIFICIDADES E SINGULARIDADES DE CADA UNIDADE DE SAÚDE, CONSEGUIU-SE MATERIALIZAR AS NECESSIDADES DOS TRABALHADORES E USUÁRIOS, PROCURANDO RESPEITAR AS LIMITAÇÕES DE PRAZOS E CUSTOS DEFINIDOS PELOS GESTORES, ALÉM DE ATENDER ÀS NORMAS SANITÁRIAS. CONSIDERAÇÕES FINAIS – COMO RESULTADO DESTAS INTERVENÇÕES OBTEVE-SE PROJETOS ARQUITETÔNICOS COM SOLUÇÕES INOVADORAS E CRIATIVAS A PARTIR DA CONTRIBUIÇÃO DOS TRABALHADORES E USUÁRIOS. ESSE NOVO MODO DE FAZER, PROPICIOU A PROMOÇÃO DE ELABORAÇÃO DE PROJETOS ATRAVÉS DE UMA ESCUTA QUALIFICADA E REFLEXIVA, CONTRIBUINDO PARA A PRODUÇÃO DE AMBIENTES MAIS ACOLHEDORES, RESOLUTIVOS E HUMANIZADOS. ESTA NOVA FORMA NA ELABORAÇÃO DE PROJETOS ARQUITETÔNICOS DE ESTABELECIMENTOS DE SAÚDE FOI INSERIDA COMO ESTRATÉGIA EM GESTÃO NO PLANO MUNICIPAL DE EDUCAÇÃO PERMANENTE DE SAÚDE NO MUNICÍPIO DE DOURADOS.