INTRODUÇÃO: A ATIVIDADE DE TRABALHO DOS PROFESSORES É DOTADA DE ESTRESSE, COBRANÇAS POR PRODUÇÃO, SOBRECARGA DE TRABALHO E FALHAS NA IMPLEMENTAÇÃO DE ESPAÇOS DE DIÁLOGO EFICAZES NA BUSCA PELA MELHORIA DESSE CENÁRIO. OBSERVA-SE DOCENTES MAIS ADOECIDOS, EM PRÁTICAS ENGESSADAS E EM AMBIENTES QUE ATUAM OPRIMINDO ATRAVÉS DE PADRÕES IMPOSITORES E DOMESTICADORES. A EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE APARECE NESSA CONJUNTURA COMO UMA ESTRATÉGIA QUE CONVOCA PARA TRANSFORMAÇÕES ATRAVÉS DA APRENDIZAGEM SIGNIFICATIVA, COM A OBSERVAÇÃO E REFLEXÃO SOBRE OS DESAFIOS NO COTIDIANO DOS TRABALHOS. OBJETIVO: REFLETIR SOBRE COMO A EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE PODERIA INFLUENCIAR NO AUXÍLIO DA PROBLEMATIZAÇÃO DO COTIDIANO DE TRABALHO DOCENTE. MATERIAIS E MÉTODOS: TRATA-SE DE UM ESTUDO DE REFLEXÃO FUNDAMENTADO PELO REFERENCIAL POLÍTICO ATRAVÉS DA POLÍTICA NACIONAL DA EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE E TEÓRICO-FILOSÓFICO POR PAULO FREIRE E BELL HOOKS. FORAM UTILIZADOS COMO FONTES DADOS, ALÉM DA POLÍTICA NACIONAL DE EDUCAÇÃO PERMANENTE, OS LIVROS EDUCAÇÃO COMO PRÁTICA DE LIBERDADE E PEDAGOGIA DA AUTONOMIA DE PAULO FREIRE, E ENSINANDO A TRANSGREDIR: A EDUCAÇÃO COMO PRÁTICA DE LIBERDADE DE BELL HOOKS. TEM-SE COMO HIPÓTESE A SER EXPLORADA, A POSSIBILIDADE DE PROBLEMATIZAÇÃO NO AMBIENTE DE TRABALHO DOCENTE ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO PERMANENTE. RESULTADOS: A EDUCAÇÃO PERMANENTE VEM COM UMA PROPOSTA DE APLICABILIDADE EMBASADA NA DESCONTINUIDADE DE UM MODELO VERTICAL DE TRABALHO, INCENTIVANDO O OLHAR PARA O OUTRO, ENXERGANDO-O PARA ALÉM DO ÓBVIO E SE ATENDANDO PARA SUA INSERÇÃO SOCIAL E HISTÓRICA, VALIDANDO O TRABALHADOR COMO UM SUJEITO ATIVO NO PROCESSO DE ENSINO-APRENDIZAGEM. CORROBORANDO COM ISSO, FREIRE AFIRMA QUE ANTES DE SER UM EDUCADOR, É IMPORTANTE SER GENTE, E SE COLOCAR NO MUNDO COM ESSA PREMISSA. A PARTIR DE TAL RECONHECIMENTO, TORNA-SE POSSÍVEL APRESENTAR AS EXPERIÊNCIAS, EXPECTATIVAS E FRUSTRAÇÕES PARA A DISCUSSÃO, NA BUSCA POR POSSÍVEIS SOLUÇÕES PARA AS PROBLEMÁTICAS DO COTIDIANO DO TRABALHO. AGREGADO A ISSO, HOOKS AFIRMA QUE É NECESSÁRIO INCORPORAR NA PRÁTICA AS DISCUSSÕES PROFERIDAS NA TEORIA, SENDO IMPORTANTE E RELEVANTE ENTENDER QUE TODO INDIVÍDUO LEVA PARA A SALA UM CONHECIMENTO VIVIDO NA ÓTICA DA EXPERIÊNCIA, INCLUSIVE O PROFESSOR. A EDUCAÇÃO PERMANENTE EM SAÚDE PODE FAVORECER NA VIDA LABORAL DESSES PROFISSIONAIS E NA PRÁTICA LIBERTADORA ATRAVÉS DO FOMENTO AOS ESPAÇOS DE PROBLEMATIZAÇÃO DAS PRÁTICAS, COM A REFLEXÃO-AÇÃO-REFLEXÃO E VALORIZAÇÃO DOS ATORES ENVOLVIDOS NOS PROCESSOS DE TRABALHO. CONCLUSÃO: OS LOCAIS DE TRABALHO DOS DOCENTES PODEM, ATRAVÉS DA EDUCAÇÃO PERMANENTE, SEREM ESPAÇOS DE CONSTRUÇÃO COLETIVA ATRAVÉS DE UMA EDUCAÇÃO REFLEXIVA COM FOCO NA HUMANIZAÇÃO. HÁ A POSSIBILIDADE DE IMPLEMENTAÇÃO DE RODAS DE CONVERSA E/OU OFICINAS, POR EXEMPLO, QUE AUXILIE NO OLHAR PARA AS REALIDADES, NO COMPARTILHAMENTO DAS FERRAMENTAS E NA BUSCA POR SOLUÇÕES DOS PROBLEMAS. ANTES DE TUDO É PRECISO CONSTRUIR AMBIENTES PROPÍCIOS AO DIÁLOGO E À REFLEXÃO, DE MODO QUE HAJA UMA VISÃO CRÍTICA RUMO A UMA PEDAGOGIA LIBERTADORA.