A UTILIZAÇÃO DE TEXTO DE FICÇÃO NOS FORNECE INFORMAÇÕES ACERCA DA SOCIEDADE QUE OS PRODUZIU E DAS RELAÇÕES SOCIAIS NELA EXISTENTES. INFORMAÇÕES EM SEUS MAIS VARIADOS SENTIDOS. NAS PRIMEIRAS DÉCADAS DO SÉCULO XX, A ESCRITA E A LITERATURA TORNARAM-SE MEIOS DE CRÍTICA SOCIAL. POSSIBILITANDO, QUE NOVOS SUJEITOS FOSSEM VERBALIZADOS, E SUA INSERÇÃO NO MUNDO FOSSEM APONTADAS, EXPLICITADAS. NESTA CONJUNTURA, PERCEBEMOS QUE AS VOZES DE DIFERENTES LITERATOS PASSAM A COMPOR UMA TEIA DE POSSIBILIDADES DE CRÍTICA SOCIAL E DE APONTAMENTOS DOS PROBLEMAS E DAS GRANDES QUESTÕES SOCIAIS. MOVIMENTOS LITERÁRIOS E AUTORES PASSAM A ENUNCIAR AS VOZES DOS EXCLUÍDOS E DESVALIDOS. NOTAMOS ISSO, POR EXEMPLO, EM “O CORTIÇO” DE ALUÍSIO DE AZEVEDO, OBRA QUE NOS FORNECE UM RECORTE CULTURAL, SOCIAL, POLÍTICO E ECONÔMICO DA PRIMEIRA REPÚBLICA, EM ESPECIAL, A ESTRUTURA URBANA E SOCIAL DA CIDADE DO RIO DE JANEIRO DO INÍCIO DO SÉCULO. A LITERATURA, ERGUER-SE, DESTA MANEIRA, COMO UM BALUARTE COMPONDO UM NOVO PANORAMA ONDE A DIVERSIDADE E A MULTIPLICIDADE SE ESTABELECEM COMO ESSÊNCIA. SEU USO COMO FERRAMENTA DE ENSINO DE HISTÓRIA, TORNOU-SE VIÁVEL A PARTIR DO ANNALES, SENDO INEGÁVEL SEU PAPEL PEDAGÓGICO E SEU PODER ENQUANTO INSTRUMENTO CARREGADO DE SIGNIFICADO, SENTIDOS E IMPLICADO DE VALORES SOCIO HISTÓRICOS. O TEXTO LITERÁRIO, É PARA NÓS, UM MONUMENTO QUE É “PRODUTO DA SOCIEDADE QUE O FABRICOU SEGUNDO AS RELAÇÕES DE FORÇA QUE DETINHAM. ADEMAIS, O TEXTO DE FICÇÃO, FORNECE AO HISTORIADOR POSSIBILIDADES DE INTEPRETAÇÃO DA SOCIEDADE, DE SEUS HÁBITOS, COSTUMES E VALORES. POR FIM, ABORDAREMOS AS PERSPECTIVAS DO USO DA OBRA, COMO FERRAMENTA DIDÁTICA PARA A COMPREENSÃO DA PRIMEIRA REPÚBLICA NO BRASIL