O COMPONENTE DA POTÊNCIA MUSCULAR É CONSIDERADO UM FATOR DETERMINANTE PARA O SUCESSO NA MAIORIA DOS ESPORTES. ESTUDOS RELACIONANDO O TREINAMENTO DE FORÇA COM DESEMPENHO, EM PROVAS DE ATLETISMO COM ADOLESCENTES SÃO ESCASSOS, PRINCIPALMENTE QUANDO O ASSUNTO É O LEVANTAMENTO DE PESO OLÍMPICO (LPO) NO ATLETISMO. POR ESTE MOTIVO, O NOSSO OBJETIVO FOI INVESTIGAR OS EFEITOS DE 8 SEMANAS DE TREINAMENTO COM TÉCNICAS DE LPO (TTLPO) NO DESEMPENHO DA CORRIDA VELOCIDADE (100M RASOS DO ATLETISMO) EM JOVENS ATLETAS. APÓS APROVAÇÃO (CEP-MS 1.622.563/2016) FORAM SELECIONADOS PARTICIPANTES DA MODALIDADE ATLETISMO, DO GINÁSIO EXPERIMENTAL OLÍMPICO JUAN ANTÔNIO SAMARANCH - RJ, RECREACIONALMENTE TREINADOS (MASCULINO, N=8, 13,7 ± 0,89 ANOS, 55,1 ± 9,05 KG 167,4 ± 7,71 CM). OS SUJEITOS PASSARAM POR UM PERÍODO DE APRENDIZAGEM (4 SEMANAS) E APÓS REALIZARAM O TTLPO (1 HORA POR SESSÃO, CARGA RELATIVA A MASSA CORPORAL, 5 SESSÕES POR SEMANA, SENDO: DUAS A 20-60%; DUAS A 60-95%; E UMA A 95-100%). PARA AVALIAR OS EFEITOS DO TREINAMENTO, DUAS AVALIAÇÕES FORAM REALIZADAS, UMA APÓS A APRENDIZAGEM (PIT) E OUTRA NO FINAL DO TREINAMENTO (PFT) E OS SEGUINTES TESTES FORAM EMPREGADOS: 1) ANTROPOMETRIA UTILIZANDO ESTADIÔMETRO E BALANÇA; 2) TESTE DE IMPULSÃO VERTICAL (SQUAT JUMP) UTILIZANDO O TAPETE DE CONTATO AXON®, E OBTIDA A POTÊNCIA PICO (PICO); 3) MEDIDAS DE VELOCIDADE DA CORRIDA, UTILIZANDO O SISTEMA DE RADIOFREQUÊNCIA FREELAP TX PRO®, OBTIDAS EM PISTA OFICIAL DE ATLETISMO COM PISO SINTÉTICO, NA QUAL FORAM POSICIONADOS SENSORES NO INÍCIO, À 40M E 100M. A VELOCIDADE INICIAL (V40) FOI OBTIDA DO PONTO 0 ATÉ OS 40M, A VELOCIDADE REFERENTE AOS 3/5 FINAIS DA PROVA (V100) DO PONTO 40M AO 100M, E A VELOCIDADE DE PROVA (PS100) DO MARCO 0 ATÉ A MARCA FINAL. A ANÁLISE ESTATÍSTICA FOI FEITA NO SPSS FOR WINDOWS, E OS SEGUINTES TESTES FORAM EMPREGADOS: 1) NORMALIDADE (SHAPIRO WILK) EM VIRTUDE DO NÚMERO REDUZIDO DE AMOSTRAS. 2) MÚLTIPLAS COMPARAÇÕES (ANOVA ONE WAY COM POST-HOC DE TUKEY, CONSIDERANDO P<0,05. 3) A MAGNITUDE DO EFEITO DE COHEN, DE ACORDO COM AS CLASSIFICAÇÕES PROPOSTAS NA LITERATURA PARA TREINAMENTO DE FORÇA, PARA AS VARIÂNCIAS (F) E MÉDIAS (D). OS RESULTADOS OBTIDOS NOS MOMENTOS PIT E PFT FORAM, RESPECTIVAMENTE: MASSA CORPORAL (KG) 51,1 ± 7,11 E 58,6 ± 11,32; ESTATURA (CM) 167,5 ± 7,11 E 167,5 ± 7,11; V40 (KM/H) 31,3 ± 3,0 E 32,4 ± 2,2; V100 (KM/H) 23,2 ± 2,1 E 23,8 ± 2,9; PS100 (KM/H) 25,8 ± 2,2 E 26,6±2,6; E PICO (W) 5591,4 ± 599,43 E 5747,4 ± 693,38. NÃO ENCONTRAMOS DIFERENÇAS SIGNIFICATIVAS ENTRE OS DOIS MOMENTOS (P<0,05). FORAM ENCONTRADOS EFEITOS DE PEQUENA MAGNITUDE NAS VELOCIDADES V40 E PS100 (D=0,37 E 0,36, RESPECTIVAMENTE). CONCLUÍMOS QUE EMBORA A ESTATÍSTICA NÃO TENHA SIDO SENSÍVEL PARA APONTAR DIFERENÇAS E, CONSIDERANDO VARIAÇÕES DE TEMPOS ENTRE OS MAIS RÁPIDOS DO MUNDO NESSA MODALIDADE (0,1%) E OS RESULTADOS MÉDIOS OBTIDOS NO PRESENTE ESTUDO, QUE O TTLPO PARECE SER UMA FERRAMENTA IMPORTANTE PARA O MELHORAR O DESEMPENHO NA CORRIDA DE VELOCIDADE EM ATLETAS ADOLESCENTES.