A REPRESENTAÇÃO FÍLMICA TRAZ CONSIGO POSICIONAMENTOS DISCURSIVOS EM RELAÇÃO AO MUNDO QUE TEM COMO POTENCIAL, DESPERTAR REFLEXÕES E PROBLEMATIZAÇÕES SOBRE CONTEXTOS SÓCIO-HISTÓRICO-POLÍTICOS E CULTURAIS QUE INFLUENCIAM A MANEIRA PELA QUAL A SOCIEDADE CONFERE SIGNIFICADO À REALIDADE. CONSIDERANDO ISTO, INTENCIONA-SE INVESTIGAR E TECER CONSIDERAÇÕES SOBRE GÊNERO, CORPORALIDADES, SEXUALIDADES E PRODUÇÃO DE SUBJETIVIDADES A PARTIR DA INFÂNCIA REPRESENTADA NO FILME FRANCÊS TOMBOY. TRATA-SE, PORTANTO DE UMA ABORDAGEM QUALITATIVA QUE SE UTILIZA DA METODOLOGIA DE ANÁLISE FÍLMICA, A QUAL BUSCA EXPLANAR SOBRE A COMPOSIÇÃO DE DETERMINADO FILME DE MODO A BUSCAR INTERPRETÁ-LO A PARTIR DOS CONTEÚDOS NELE VEICULADOS. PARA TANTO, ADOTOU-SE EMBASAMENTOS TEÓRICOS SOBRE GÊNERO E ALGUNS ESTUDOS INSERIDOS NA TRADIÇÃO RECENTE DA TEORIA QUEER, A FIM DE ANALISAR OS SIGNIFICADOS CONSTRUÍDOS EM TORNO DAS REPRESENTAÇÕES DE GÊNERO VEICULADAS NO FILME MENCIONADO. É IMPORTANTE DESTACAR QUE TOMBOY TRAZ COMO NARRATIVA A INFÂNCIA DE LAURE/MIKKAEL, UMA CRIANÇA QUE CONTRARIA A SUA DESIGNAÇÃO DE GÊNERO DO NASCIMENTO AO MATERIALIZAR UM CORPO QUE SE EXPRESSA A PARTIR DO ESTEREÓTIPO DE GÊNERO MASCULINO, LEVANDO ASSIM À TRANSGRESSÃO DO SISTEMA SEXO/GÊNERO BINÁRIO. A PARTIR DA ANÁLISE DE TOMBOY É POSSÍVEL ALCANÇAR REFLEXÕES E PROBLEMATIZAÇÕES ACERCA DAS TRANSGRESSÕES E RESSIGNIFICAÇÕES DO SISTEMA SEXO/GÊNERO BINÁRIO REPRESENTADOS A PARTIR DA INFÂNCIA DEVIR DE LAURE/MIKKAEL, DE MODO A DESCONSTRUIR AS DENOMINAÇÕES, IMPOSIÇÕES E DICOTOMIAS CONFERIDAS À IDEIA DE GÊNERO E AOS ESTEREÓTIPOS DE MASCULINIDADE/HOMEM E DE FEMININILIDADE/MULHER.