ESTE ARTIGO REFLETE SOBRE AS DIFERENTES ESFERAS DE RECONHECIMENTO SOCIAL E SEUS TENSIONAMENTOS, UTILIZANDO COMO BASE A TEORIA DE AXEL HONNETH (2003), E SE DESENVOLVEU A PARTIR DA PESQUISA DE CONCLUSÃO DE CURSO INTITULADA “NÃO É A REALIDADE DE TODO MUNDO: ACESSO AO SUS POR PESSOAS TRANS DO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA A PARTIR DA NORMATIVA N°2.803/2013”. A PESQUISA É DE ABORDAGEM QUALITATIVA, COM ENTREVISTAS SEMI-ESTRUTURADAS, APLICADAS A TRÊS MULHERES E DOIS HOMENS TRANSEXUAIS QUE RESIDEM NO MUNICÍPIO DE SANTA MARIA-RS. SEU OBJETIVO FOI COMPREENDER COMO A POPULAÇÃO TRANSEXUAL DO MUNICÍPIO ACESSA O SERVIÇO DE SAÚDE PARA O TRATAMENTO HORMONAL E A PARTIR DESSAS ESCUTAS, AS FALAS DAS(OS) INTERLOCUTORAS(ES) SE ENCAMINHARAM PARA PROBLEMAS NO ÂMBITO FAMILIAR, LEGAL E SOCIAL. CONFORME AXEL HONNETH (2003), A NOÇÃO DE RECONHECIMENTO NOS PERMITE PENSAR NO RECONHECIMENTO PELO AMOR, QUE REVELA NO ÂMBITO FAMILIAR A DIFICULDADE QUE PESSOAS TRANSEXUAIS TÊM DE SEREM RECONHECIDAS POR SUAS IDENTIDADES, O “SAIR DO ARMÁRIO" É UM MOMENTO DE DOR, SOFRIMENTO E ABANDONO. TAMBÉM A ÁREA MÉDICO-JURÍDICO DENUNCIA UM QUADRO DE ESCASSEZ DE POLÍTICAS PÚBLICAS E RELAÇÕES DE PODER ENTRE MÉDICO-PACIENTE QUE EVIDENCIAM O DESRECONHECIMENTO FRENTE AO SISTEMA QUE INCLUI PARA EXCLUIR. BEM COMO, NA ESFERA SOCIAL A POPULAÇÃO TRANSEXUAL ENFRENTA PROBLEMAS DE RECONHECIMENTO ONDE A DIFICULDADE DE INSERÇÃO NO MERCADO DE TRABALHO E EM OUTROS ESPAÇOS EXIBE DESIGUALDADES DE ORDEM CULTURAL E ECONÔMICA, CONTRIBUINDO PARA A MARGINALIZAÇÃO QUE EMPURRA ESSES SUJEITOS PARA A PROSTITUIÇÃO.