O OBJETIVO DESTA PESQUISA É DISCUTIR O TEMA DO GÊNERO E QUESTÕES RACIAIS EM COLETIVOS DE GRAFFITI DA PERIFERIA DE FORTALEZA. ESTA INQUIETAÇÃO SURGE DO DESENVOLVIMENTO DE UMA PESQUISA DE MESTRADO EM PSICOLOGIA QUE INVESTIGOU AS INTERVENÇÕES DO GRAFFITI COMO UMA CULTURA JUVENIL DENTRO DOS TERRITÓRIOS DAS PERIFERIAS DE FORTALEZA, ENTENDENDO ESTE COMO ARTE CRIADORA DE SIGNIFICADOS E MEMÓRIAS SOBRE SI E O COLETIVO JUVENIL. A METODOLOGIA ANCORADA NESSA PESQUISA É A PESQUISA-INTERVENÇÃO COM MANEJO DA CARTOGRAFIA. OS DISPOSITIVOS TEÓRICO-METODOLÓGICOS OPERADOS FORAM: CONVERSAS NO COTIDIANO, DIÁRIO DE CAMPO, ENTREVISTAS SOB MANEJO CARTOGRÁFICO. PARA FUNDAMENTAR A NOSSA ANÁLISE, UTILIZAMOS REFERENCIAIS TEÓRICOS DO CAMPO DA PSICOLOGIA SOCIAL E DE ÁREAS AFINS QUE TEMATIZEM JUVENTUDES, ARTE, SEXUALIDADE E GÊNERO. FORAM ACOMPANHADAS ATIVIDADES ARTÍSTICAS DE COLETIVOS DE GRAFITEIROS. AS EXPERIÊNCIAS DE ARTIVISMO DESENVOLVIDAS POR ESTES COLETIVOS DA PERIFERIA PERMITIU PROBLEMATIZAR O MARCADOR ÉTNICO PARA PENSAR UMA A PRÓPRIA FORMAÇÃO DA TERRITORIALIDADE VIVIDA E QUE É MARGINALIZADA PELO PRECONCEITO, DESIGUALDADES E SITUAÇÕES DE RACISMO. NO DEBATE DE GÊNERO, O GRAFFITI TAMBÉM COLOCOU EM ANÁLISE O PATRIARCADO, MACHISMO E A INVISIBILIDADE FEMININA NA ARTE URBANA. POR OUTRO LADO, AS QUESTÕES DE GÊNERO NA CONTEMPORANEIDADE E O ATIVISMO FEMINISTA MOBILIZARAM A PESQUISA, FAZENDO EMERGIR VALORES POLÍTICOS E ÉTICOS MOVIDOS PELA DIVERSIDADE DE GÊNERO QUE TÊM DADO OUTROS CENÁRIOS PARA UMA PLURALIDADE DE AFIRMAÇÕES NA PERIFERIA DE FORTALEZA. EM UM CENÁRIO DE INVESTIMENTOS DE ARTES NO TERRITÓRIO PERIFÉRICO, O GRAFFITI FOI CONVOCADO POR GRUPOS E SUJEITOS QUE VIVEM NA PERIFERIA COMO FERRAMENTA DE RESISTÊNCIA.