ESTE TRABALHO PROCURA ANALISAR MATÉRIAS JORNALÍSTICAS DIGITAIS RELACIONADAS À TRANSVIOLÊNCIA DE GÊNERO NOS ANO DE 2020 E 2021 VEICULADAS NO PORTAL G1, PROCURANDO COMPREENDER COMO A VIOLÊNCIA CONTRA SUJEITAS TRAVESTIS E TRANSGÊNEROS FOI REPRESENTADA NO MATERIAL ANALISADO. A PARTIR DAS CONTRIBUIÇÕES DOS ESTUDOS DE VIOLÊNCIA DE GÊNERO, DO TRANSFEMINISMO E DA ANÁLISE DE CONTEÚDO (DE VIÉS QUALITATIVO), BUSCAMOS ANALISAR E COMPARAR AS MATÉRIAS LEVANTADAS A PARTIR DE TRÊS PALAVRAS CHAVE: TRANSFEMINICÍDIO, TRAVESTIS E TRANSGÊNERO. A ANÁLISE TROUXE COMO RESULTADOS A PERCEPÇÃO DE QUE A CARACTERIZAÇÃO DESTAS SUJEITAS VARIA, À MEDIDA QUE MUDA O EMPREGO TERMINOLÓGICO: “TRAVESTI” É FREQUENTEMENTE EMPREGADO EM TEXTOS SOBRE CLASSES PRECARIZADAS, EM REPRESENTAÇÕES DEGRADANTES E FORTEMENTE ASSOCIADAS AO NOTICIAMENTO SENSACIONALISTA DE ASSASSINATOS, SENDO UTILIZADO NA MAIORIA DAS MATÉRIAS E REPRODUZINDO SIMBOLICAMENTE A TRAVESTILIDADE COMO SINÔNIMO DE ABJEÇÃO; “TRANSGÊNERO” POSSUI FREQUÊNCIA MÉDIA E É EMPREGADO EM REPRESENTAÇÕES LIGADAS A CELEBRIDADES, UNIVERSITÁRIOS E PROFISSIONAIS QUALIFICADOS, COM POUCA ASSOCIAÇÃO A PROCESSOS DE VIOLÊNCIA FÍSICA; “TRANSFEMINICÍDIO” POSSUI POUCA FREQUÊNCIA, APRESENTANDO-SE COMO UM CONCEITO AMORFO NO LÉXICO JORNALÍSTICO ANALISADO. SUGERIMOS QUE A REPRESENTAÇÃO DAS TRANSVIOLÊNCIAS DE GÊNERO É UM PROCESSO, EM SI, VIOLENTO, CONFIGURANDO UMA MODALIDADE ESPECÍFICA NO CICLO DA VIOLÊNCIA QUE DENOMINAMOS REVITIMIZAÇÃO MIDIÁTICA.