SEGUNDO O DSM-5 O TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) É MAIS PREPONDERANTE EM CRIANÇAS
COM DISFORIA DE GÊNERO (DG) ENCAMINHADAS PARA ATENDIMENTO CLÍNICO DO QUE NA POPULAÇÃO EM
GERAL. ESTUDOS RECENTES PREVEEM UMA INCIDÊNCIA DE 7,8% DE TEA EM AMOSTRAS DE CRIANÇAS COM
DG. CONTUDO, ESSAS CRIANÇAS SÃO NEGLIGENCIADAS POR MUITOS PSICÓLOGOS(A)S, FATO QUE ACABA
ALICERÇANDO PRÁTICAS DE VIOLÊNCIA E DE INVISIBILIDADE DESSAS CRIANÇAS. A PERPLEXIDADE E O
NEGACIONISMO POR PARTE DO(A) PSICÓLOGO(A) NESSE TIPO DE SITUAÇÃO PASSA TANTO PELO
DESCONHECIMENTO DAS POLÍTICAS PÚBLICAS VOLTADAS PARA À SAÚDE MENTAL DOS INDIVÍDUOS COM
AUTISMO E TRANSEXUAIS COMO PELA RACIONALIDADE DIAGNÓSTICA SUBJACENTE ÀS SUAS PRÁTICAS. ESSA
RACIONALIDADE DIAGNÓSTICA POSTULA QUE OS PROCESSOS DE SUBJETIVAÇÃO MESMO EM UMA CRIANÇA
AUTISTA DEVA SER BASEADA NA CORRESPONDÊNCIA ENTRE O PAR DE OPOSTOS MULHER/HOMEM, DENTRO DA
LÓGICA BINÁRIA SEXO/GÊNERO QUE TORNAM OS INDIVÍDUOS INTELIGÍVEIS NO SISTEMA HETERONORMATIVO.
NOSSO REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO SE BASEIA NA CRÍTICA A ESSA RACIONALIDADE DIAGNÓSTICA QUE
COMUMENTE LEVA O PROFISSIONAL AO SENTIMENTO DE ESTRANHEZA QUANDO UMA CRIANÇA AUTISTA DESAFIA
A MATRIZ BINÁRIA DE INTELIGIBILIDADE HERTERONORMAIVA. NOSSO OBJETIVO É IDENTIFICAR E ENTENDER
QUAIS SÃO AS FRAGILIDADES PELO CUIDADO DESSA POPULAÇÃO. NOSSOS RESULTADOS PREVEEM A INFLUÊNCIA
DA EXCLUSÃO SOCIAL CONTRA A POPULAÇÃO LGBTQ+ SE SOMAR AO PRECONCEITO CONTRA O AUTISMO. A
CONDIÇÃO TRANSEXUAL DESUMANIZA MAIS A CRIANÇA AUTISTA, LEVANDO A NEGAÇÃO DO RECONHECIMENTO
DE SUA CONDIÇÃO HUMANA. CONTUDO, SABEMOS QUE NÃO É SOMENTE UM DÉFICIT NA TEORIA PSICOLÓGICA
QUE ESTÁ NA RAIZ DESSAS DISPOSIÇÕES DE PRECONCEITO E SEGREGAÇÃO.