ÓDIO AO IMIGRANTE, POLÍTICAS DE SEGREGAÇÃO, ATAQUES A GRUPOS MINORITÁRIOS E HISTORICAMENTE MARGINALIZADOS, ESTES SÃO ALGUNS RECORTES DE REALIDADE COM OS QUAIS NOS DEPARAMOS NA ATUALIDADE. AO MESMO TEMPO EM QUE OS PROCESSOS DE LUTA E DE MOBILIZAÇÃO SOCIAL GARANTIRAM ACESSO AOS DIREITOS HUMANOS ÀQUELES OUTRORA EXCLUÍDOS, NOTAMOS UM RECRUDESCIMENTO DA VIOLÊNCIA ATRAVÉS DE CERTO EMPUXO AO QUE PODE SER DENOMINADO COMO ÓDIO À ALTERIDADE. RESSALTA-SE QUE ESSA AVERSÃO AO DIFERENTE NÃO É EXCLUSIVIDADE DE NOSSA ÉPOCA, MAS NO CONTEXTO ATUAL É PRECISO REFLETIR E TECER CONSIDERAÇÕES SOBRE O AFETO DO ÓDIO NA CONTEMPORANEIDADE, BEM COMO OS DESTINOS DADOS AO MESMO. FRENTE A ISTO, O PRESENTE TRABALHO PRETENDE DISCUTIR O AFETO DO ÓDIO AO OUTRO À LUZ DA PSICANÁLISE, SE SERVINDO PARA TAL, COMO APORTE PARA O ATUAL CENÁRIO POLÍTICO-SOCIAL, DO FILME BRASILEIRO BACURAU, ENQUANTO UMA ALEGORIA QUE CONSEGUE APRESENTAR O POTENCIAL DE CONDENSAR TUDO AQUILO QUE PODE REPRESENTAR O DIFERENTE. DIANTE DISSO, FOI POSSÍVEL REFLETIR SOBRE POLÍTICAS DE SEGREGAÇÃO/EXTERMÍNIO, VIOLÊNCIAS, PRODUÇÃO DE SUBJETIVIDADES E SOBRE OS EFEITOS DO AFETO DO ÓDIO.