O TRABALHO TEM COMO OBJETIVO ANALISAR PARTE DOS DADOS DE UMA PESQUISA COM ESTUDANTES LGBTI+ NO ENSINO SUPERIOR, VINCULADAS/OS A UMA UNIVERSIDADE PÚBLICA FEDERAL DO INTERIOR DE MINAS GERAIS. OS DADOS SELECIONADOS FORAM PRODUZIDOS A PARTIR DE UM FORMULÁRIO ON-LINE, DIVULGADO EM REDES SOCIAIS NOS ANOS DE 2019 E 2020, OBTENDO UM TOTAL DE 169 RESPOSTAS EM SUAS DUAS FASES. DO CÔMPUTO MAIS AMPLO, SERÃO ANALISADOS AQUELES REFERENTES ÀS SITUAÇÕES DE PRECONCEITO, DISCRIMINAÇÃO E/OU VIOLÊNCIAS PRESENCIADAS OU SOFRIDAS NO ÂMBITO DA UNIVERSIDADE. O REFERENCIAL TEÓRICO-METODOLÓGICO PAUTA-SE NAS PERSPECTIVAS PÓS-ESTRUTURALISTAS E NOS ESTUDOS FOUCAULTIANOS, PENSANDO A CONSTITUIÇÃO DAS SUBJETIVIDADES DAS/OS ESTUDANTES PELA LINGUAGEM, PELA CULTURA, PELAS RELAÇÕES DE SABER-PODER, PRODUTORAS DE EXPERIÊNCIAS DE SI. A UNIVERSIDADE, A DESPEITO DE SER PERCEBIDA COMO ESPAÇO DE MAIOR ‘LIBERDADE’ PARA QUE ESTUDANTES LGBTI+ EXPRESSEM SUAS EXISTÊNCIAS, MANTÉM PRÁTICAS DISCRIMINATÓRIAS E VIOLÊNCIAS, NA FORMA DE COMENTÁRIOS DESQUALIFICADORES, INSULTOS, CHACOTAS ENTRE OUTRAS. A CONSTITUIÇÃO DA EXPERIÊNCIA DE SI DESSAS/ES ESTUDANTES, PODENDO SER ENTENDIDA NA SUA ESPECIFICIDADE EM RELAÇÃO AO ENSINO SUPERIOR, SE DÁ, PORTANTO, NA CONTINUIDADE COM OS MECANISMOS PEDAGÓGICOS DA CIS-HETERONORMATIVIDADE, QUE TOMAM DISCRIMINAÇÕES E VIOLÊNCIAS COMO FORMAS DE MARCAR A ININTELIGIBILIDADE DE GÊNERO E SEXUALIDADE, OPERANDO PARA VIGIAR, CONTROLAR E PUNIR AS EXPRESSÕES DAS DISSIDÊNCIAS.