O VÉU DA INVISIBILIDADE SEMPRE PAIROU PELA TRAJETÓRIA DE SUJEITOS FEMININOS COM IDENTIDADES LÉSBICAS NA HISTÓRIA, BEM COMO A VIOLÊNCIA AOS SEUS CORPOS. AS MULHERES VIVENCIARAM CONTEXTOS DE NATUREZA SOCIAL, HISTÓRICA E CULTURAL VOLTADAS AO OSTRACISMO, NO QUE SE REFERE AO DIREITO DE VIVER UMA RELAÇÃO AFETIVO-SEXUAL COM OUTRA MULHER. NAS EXPRESSÕES DA CONTEMPORANEIDADE, ESSAS RELAÇÕES PODEM ATÉ SER VIVENCIADAS, PORÉM NÃO ESCAPAM ÀS MESMAS POSSIBILIDADES DE VIOLÊNCIA CONJUGAL QUE UM RELACIONAMENTO HETEROSSEXUAL. NO QUE TANGE A RELAÇÃO ENTRE A LESBIANIDADE E A VIOLÊNCIA DOMÉSTICA, A LEI11.340/2006 É CLARA QUANDO CONFIGURA VIOLÊNCIA DOMÉSTICA E FAMILIAR CONTRA A MULHER BASEADA NO GÊNERO, INDEPENDENTE DE ORIENTAÇÃO SEXUAL. ESSE ESTUDO VEM COMO UMA REFLEXÃO TEÓRICA E EMPÍRICA, COM BASE EM PESQUISA DOCUMENTAL NOS JUIZADOS ESPECIALIZADOS EM MANAUS. COMO RESULTADO, LEVANTOU-SE A DISCUSSÃO DA DINAMICIDADE DAS RELAÇÕES HOMOAFETIVAS E DAS CONTRARIEDADES CONTEMPORÂNEAS QUE SE COLOCAM AO SERVIÇO SOCIAL NA ÁREA SOCIOJURÍDICA, CONSIDERANDO AS PARTICULARIDADES DAS REQUISIÇÕES POR DEFESA, PROMOÇÃO E PROTEÇÃO DE DIREITOS DA MULHER LÉSBICA QUE, EM RAZÃO DE IDENTIDADE DE GÊNERO OU ORIENTAÇÃO SEXUAL ENFRENTA MAIS EXPRESSÕES DE VIOLÊNCIAS E OPRESSÕES, NA ESFERA DO JUDICIÁRIO.