O PRESENTE ARTIGO É UMA INVESTIGAÇÃO TEÓRICA, ORIENTADO POR UMA PERSPECTIVA ONTOLÓGICA DE CUNHO MARXISTA. CONSIDERA-SE QUE (1) A ÁREA DE ENSINO SE CONSOLIDOU COMO UM CAMPO DE INVESTIGAÇÃO PROFUNDAMENTE ENRAIZADO NA ABORDAGEM DA TEORIA DO CONHECIMENTO OU EPISTEMOLOGIA E (2) QUE DIVERSAS PESQUISAS VÊM PROCURANDO ABORDAR A RELAÇÃO ENTRE ENSINO DE CIÊNCIAS E RELIGIÃO A PARTIR DE TROCAS CULTURAIS OU PELO DESENVOLVIMENTO COGNITIVO DE CONCEITOS CIENTÍFICOS. DEFENDE-SE NESTE TRABALHO QUE O TRAJETO SEGUIDO POR ESSAS PESQUISAS SEGUEM O MESMO CAMINHO PROPOSTO PELO CARDEAL BELARMINO NO SÉCULO XVII, SEPARANDO O CONHECIMENTO DO MUNDO (VERDADES CIENTÍFICAS) DO SER DO PRÓPRIO MUNDO (VERDADES ONTOLÓGICAS), ABRINDO ESPAÇO PARA TODA SORTE DE MANIPULAÇÃO, INCLUINDO A RELIGIOSA. EM TEMPOS DE OBSCURANTISMO RELIGIOSO, FAZ-SE UMA DEFESA QUE PESQUISAS QUE PRETENDAM INVESTIGAR A RELAÇÃO ENTRE CIÊNCIA E RELIGIÃO, SE QUISEREM CHEGAR A RESULTADOS DIFERENTES DA SOLUÇÃO BELARMINIANA, DEVEM SE PAUTAR POR UMA ABORDAGEM ONTOLÓGICA.