: O PRESENTE ARTIGO INTENCIONA ANALISAR, SOB UMA PERSPECTIVA FEMINISTA, O ROMANCE A GORDA, DE AUTORIA DA PORTUGUESA ISABELA FIGUEIREDO. OBJETIVAMOS, DE MANEIRA CENTRAL, PROBLEMATIZAR A TEMÁTICA DO CORPO COMO EXÍLIO, DECORRENTE DA PRESSÃO ESTÉTICA EXERCIDA PELA SOCIEDADE OCIDENTAL SOBRE A FIGURA DA MULHER, CONFORME INDICA WOLF (2019). O ENFOQUE RECAI SOBRE QUESTÕES CENTRAIS DO ROMANCE, AS RELAÇÕES DE GÊNERO E SEXUALIDADE E A IMAGEM DO CORPO FEMININO COMO PERFORMATIVO DO “EU” EM RELAÇÃO À SOCIEDADE. PARA TANTO, NOS DEBRUÇAMOS SOBRE OS CONCEITOS DE EXÍLIO CUNHADOS POR NANCY (1996). ALÉM DISSO, TENDO EM VISTA DISCUTIR AS RELAÇÕES DE GÊNERO, COMPOMOS O CABEDAL TEÓRICO DESTA PESQUISA ATRAVÉS DE AUTORAS COMO BUTLER (2003), HOOKS (2019), SCOTT (1995). A PESQUISA AQUI DESENVOLVIDA É DE CUNHO BIBLIOGRÁFICO E INTERPRETATIVO E JUSTIFICA-SE PELA RELEVÂNCIA DESTAS TEMÁTICAS PARA AS VIVÊNCIAS DA MULHER COM RELAÇÃO À ACEITAÇÃO DE SI E DO CORPO FRENTE À SOCIEDADE CONTEMPORÂNEA. NAS CONSIDERAÇÕES FINAIS, APONTAMOS AS PROJEÇÕES ABUSIVAS DA SOCIEDADE SOBRE O CORPO FEMININO COMO CAUSADORA DE TRANSTORNOS DE IMAGEM, DIFICULDADES DE AUTORRECONHECIMENTO E, POR CONSEQUÊNCIA, O EXÍLIO DE SI MESMA.