AS MULHERES PERNAMBUCANAS BUSCARAM HISTORICAMENTE ECOAR SUAS VOZES NESTE ESPAÇO DE PODER QUE CORRESPONDE À INTELECTUALIDADE. DESTARTE, NESTE TRABALHO, PROPOMOS NARRAR ALGUNS ASPECTOS DA TRAJETÓRIA DE DUAS FIGURAS FEMININAS, QUE TIVERAM SEUS LEGADOS IMORTALIZADOS PELA ACADEMIA PERNAMBUCANA DE LETRAS, DESTACANDO SUAS CONTRIBUIÇÕES PARA O CENÁRIO LITERÁRIO E ACADÊMICO DO ESTADO, BEM COMO, O IMPACTO DE SUAS PARTICIPAÇÕES NESSA INSTITUIÇÃO. A PRIMEIRA DELAS É DEBORAH BRENNAND, NATURAL DO MUNICÍPIO DE NAZARÉ DA MATA, INGRESSOU NA ACADEMIA PERNAMBUCANA DE LETRAS, NO ANO DE 2007, OCUPANDO A CADEIRA DE NÚMERO 37, CONSAGRANDO-SE COMO UMA DAS MAIORES POETISAS DE SUA GERAÇÃO; TENDO PUBLICADO 6 LIVROS. A SEGUNDA, INTELECTUAL QUE ABORDAREMOS, É A ANTROPÓLOGA RECIFENSE MARIA DE FÁTIMA DE ANDRADE QUINTAS, QUE ENTROU NA INSTITUIÇÃO EM 2003, OCUPANDO A CADEIRA 31 E, EM 2012, TORNOU-SE A PRIMEIRA MULHER A OCUPAR O CARGO DE PRESIDENTE DA APL; POSSUI UMA EXTENSA PRODUÇÃO, TENDO PRODUZIDO ATÉ O PRESENTE MOMENTO, UM TOTAL DE 52 OBRAS. RESSALTAMOS QUE IDENTIFICAMOS, EM NOSSAS PESQUISAS, QUE AMBAS NUTRIAM UMA MÚTUA AMIZADE, CONTRARIANDO O DISCURSO QUE, PERSISTE NO SENSO COMUM, SOBRE A RIVALIDADE FEMININA NO MEIO ACADÊMICO E LITERÁRIO. COMO APORTES TEÓRICO-METODOLÓGICOS, UTILIZAMOS A FILÓSOFA JUDITH BUTLER PARA ANALISARMOS AS DISCUSSÕES SOBRE GÊNERO E LINGUAGEM, E, A HISTORIADORA MARY DEL PRIORE PARA COMPREENDERMOS AS PROBLEMATIZAÇÕES ACERCA DA ESCRITA DE BIOGRAFIAS FEMININAS.