O PRESENTE TRABALHO ALMEJA ANALISAR A RELAÇÃO DO CORPO ENQUANTO MARCA IDENTITÁRIA E SUA RELAÇÃO COM O NATURAL E O NÃO NATURAL PARA A CONSTRUÇÃO DE UM CORPO TRANS, PROPONDO REFLEXÕES SOBRE AS QUESTÕES DE GÊNERO, DE SEXUALIDADE E TECNOCIÊNCIA, PARTICULARMENTE, AS INTERVENÇÕES E MODIFICAÇÕES CORPORAIS NAS EXPERIÊNCIAS TRANS (TRANSEXUAL, TRAVESTI E TRANSGÊNERO). NESTA DIREÇÃO, O CONCEITO DO CIBORGUE É RELEVANTE PARA PENSAR O USO DO CORPO, CORPO ESTE QUE, NA VISÃO DE HARAWAY, MISTURA CADA VEZ MAIS OS HUMANOS E AS MÁQUINAS. PARA ISSO, TOMAREMOS COMO PRINCIPAL BASE TEÓRICA DONNA J. HARAWAY QUE ANALISA A RELAÇÃO ENTRE HUMANO E MÁQUINA E COMO O CORPO, UM CORPO CIBORGUE, TEM FUNÇÃO DETERMINANTE NA CONSTRUÇÃO DESSA NOVA IDENTIDADE. TAMBÉM RECORREMOS A MANUEL ROBERTO ESCOBAR C. QUE DEFENDE QUE O CORPO TRANS É BARROCO, CARACTERIZANDO A ESTÉTICA COMO UMA RECOMPOSIÇÃO SOCIAL DE SOBREVIVENTES, DA QUAL A CORPORALIDADE TRANS É UM EXEMPLO. DESSA FORMA, AO DISCUTIR O USO DO CORPO COMO POTÊNCIA SUBVERSIVA, COMO É O CASO DAS PESSOAS TRANSGÊNERAS, ATÉ ENTÃO SILENCIADAS, PROBLEMATIZAMOS A TRAJETÓRIA DE PRODUÇÃO DO CORPO TRANS,QUE SUBSISTEM DENTRO DE UMA CULTURA QUE TENDE A DISCIPLINAR E NORMATIZAR O QUE É MASCULINO E O QUE É FEMININO. POR FIM, EM UMA SOCIEDADE DE MULTIPLICIDADES E EM CONSTANTE MUDANÇA, PRECISAMOS CADA VEZ MAIS PRODUZIR ALTERNATIVAS ÀS TRADICIONAIS CONCEPÇÕES DE CORPOS E MODOS DE VIDA QUESTIONANDO O OLHAR PATOLOGIZANTE SOBRE AS ALTERAÇÕES CORPORAIS QUANDO EM NARRATIVAS DE TRANSGENERIDADE.