A EXPERIÊNCIA DA CEGUEIRA TEM SIDO DESCRITA DAS MAIS DIVERSAS FORMAS. UMA DELAS, É A EXPECTATIVA DE SE VOLTAR A ENXERGAR, BASEADA EM REDUCIONISMOS ORGÂNICOS. OUTRA, É A EXPECTATIVA DE UMA BOA INTERVENÇÃO PRECOCE E REABILITAÇÃO, ALÉM DE UM DEBATE MARCADO PELA ESCOLARIZAÇÃO EM ESCOLAS COMUNS OU INSTITUIÇÕES. HÁ, TAMBÉM, O QUE GARANTE A LEGISLAÇÃO. DESTE MODO, A PRESENTE PESQUISA TEVE COMO OBJETIVO LEVANTAR AS EXPECTATIVAS DE ESCOLARIZAÇÃO DOS QUE CONVIVEM COM CRIANÇAS CEGAS E PESQUISAR A SIGNIFICAÇÃO E RESSIGNIFICAÇÃO DO BRAILLE, CUJA PRESENÇA É CONSIDERADA CONDIÇÃO INDISPENSÁVEL PARA O CONVÍVIO COM O UNIVERSO DA LEITURA E DA ESCRITA. COM SUPORTE NAS TEORIAS DE VYGOTSKI E DE GOFFMAN, DISCUTIU-SE E INVESTIGOU-SE A IMPORTÂNCIA DE SE OLHAR PARA AS POSSIBILIDADES DA PESSOA COM DEFICIÊNCIA VISUAL E OS PRECONCEITOS QUE AINDA PERMEIAM A VIDA DESSAS PESSOAS. PARA ALCANÇAR A FINALIDADE, A PESQUISA TEVE COMO RECURSO DE COLETA DE INFORMAÇÕES: ENTREVISTAS, RODAS DE CONVERSA, OBSERVAÇÕES E REGISTROS EM TEXTO E ÁUDIO. A ANÁLISE DO MATERIAL COLETADO TEVE COMO RESULTADO O CONHECIMENTO DAS EXPECTATIVAS DOS QUE CONVIVEM COM CRIANÇAS CEGAS E QUE PODEM OCUPAR O LUGAR DA PRÓPRIA CRIANÇA; O RESGATE DE EXPERIÊNCIAS DE ESCOLARIZAÇÃO/TRAJETÓRIAS ESCOLARES (SUAS FACILIDADES E DIFICULDADES) E A INTERSECCIONALIDADE ENTRE DEFICIÊNCIA, GÊNERO, RAÇA E CLASSE SOCIAL.