O NOSSO ESTUDO APRESENTA UMA ABORDAGEM SOBRE O CONTO A MOÇA TECELÃ, DE MARINA COLOSSANTI, PUBLICADO NO LIVRO DOZE REIS E A MOÇA NO LABIRINTO DO VENTO, EM 2006, SOB A COMPREENSÃO DE QUE ESTA NARRATIVA FRATURA A VOZ UNÍSSONA DO CÂNONE DAS FADAS, DE MODO A PERMITIR UMA REPRESENTAÇÃO DIFERENCIADA DA PERSONAGEM-PROTAGONISTA FEMININA. ESSAS MARCAS POLIFÔNICAS DO CONTO PROPICIAM UM PERCURSO DE ABORDAGEM DO TEXTO EM QUE A INTERTEXTUALIDADE SE DESTACA COMO PONTO FECUNDO PARA A CONSTRUÇÃO DOS VÁRIOS SENTIDOS DO TEXTO. ENTENDE-SE INTERTEXTUALIDADE AQUI NA FORMA DE PENSAMENTO POSTULADA PELO TEÓRICO MIKHAIL BAKHTIN AO CONCEBER O DIALOGISMO COMO UM CONCERTO DE VOZES EM DISPUTA, DE FORMA A PERMITIR A PLURALIDADE DEMOCRÁTICA DAS VOZES. TRATA-SE DE UMA COMPREENSÃO QUE SE ARTICULA COM O CONCEITO DE LETRAMENTO NO PONTO EM QUE TODAS AS RELAÇÕES SE AMPLIAM E SE CRUZAM NA FORMA DE AUTORIA, TEXTO, LEITOR, E DO PONTO DE VISTA DA SALA DE AULA, TEM-SE AINDA O (A) PROFESSOR (A) COMO MEDIADOR (A) DESTE PROCESSO PLURAL E AMPLO. DESTE MODO, O TRABALHO OBJETIVA IDENTIFICAR AS VOZES DIALÓGICAS DA NARRATIVA A PARTIR DE BAKHTIN, BEM COMO PROPOR, CONSIDERANDO O CONTEXTO DA SALA DE AULA DO 7ª OU 8ª, UM PERCURSO DE ABORDAGEM INTERTEXTUAL PARA A NARRATIVA. NESTE SEGUNDO MOMENTO, MOBILIZAREMOS ALGUMAS ORIENTAÇÕES DE LETRAMENTO DE COSSON.