ESTE ARTIGO DISCUTE AS ORIENTAÇÕES DA ORGANIZAÇÃO DAS NAÇÕES UNIDAS PARA A EDUCAÇÃO, A CIÊNCIA E A CULTURA (UNESCO) PARA A ORGANIZAÇÃO DO ENSINO MÉDIO NA AMÉRICA LATINA E CARIBE. POR MEIO DA ANÁLISE DE TRÊS DOCUMENTOS PRODUZIDOS POR ESSA AGÊNCIA, IDENTIFICAMOS AS CONCEPÇÕES E OS DIRECIONAMENTOS PROPOSTOS PARA O ENSINO MÉDIO PARA O SÉCULO XXI, RELACIONANDO TAIS CONCEPÇÕES AO PROCESSO DE REFORMA PARA ESTE NÍVEL DE ENSINO. PARA A ANÁLISE DOS DOCUMENTOS FORAM OBSERVADAS AS ORIENTAÇÕES DE STEPHEN BALL E RICHARD BOWE (1992), COM DESTAQUE PARA O CONCEITO DE CONTEXTO DE INFLUÊNCIA, BEM COMO AS TEORIZAÇÕES DE DAVID HARVEY PARA ACUMULAÇÃO FLEXÍVEL, RELACIONANDO, DESTE MODO, O DISCURSO DA UNESCO ÀS REFORMAS DO ENSINO MÉDIO, NO CONTEXTO DAS TRANSFORMAÇÕES GLOBAIS DA ECONOMIA CAPITALISTA E AS NOVAS RELAÇÕES DE PRODUÇÃO QUE ENVOLVEM UMA REFORMULAÇÃO DO PERFIL DE TRABALHADORES. CONCLUÍMOS QUE QUE EXISTE UMA CONTÍNUA ADAPTAÇÃO DO ENSINO MÉDIO ÀS NECESSIDADES NEOLIBERAIS DE UM ESTADO ENXUTO E QUE O DISCURSO DA UNESCO CORROBORA A IDEIA DE MERCANTILIZAÇÃO DOS SERVIÇOS PÚBLICOS EDUCACIONAIS QUE, GRADUALMENTE, ESTÁ TRANSFORMANDO DEMANDAS SOCIAIS EM MERCADORIAS COM VISTAS AO ATENDIMENTO DO SETOR PRODUTIVO. NO CASO DO ENSINO MÉDIO, A AGÊNCIA DEFENDE O INVESTIMENTO EM UM ENSINO QUE ATENDA AOS INTERESSES DO SETOR PRODUTIVO, A DESPEITO DE UMA FORMAÇÃO HUMANÍSTICA.