PAULINA CHIZIANE, A PRIMEIRA MULHER MOÇAMBICANA A PUBLICAR UM ROMANCE, INTITULADO BALADA DE AMOR AO VENTO EM 1990, DEFENDE A ESCRITA LIVRE, FUGINDO DOS TABUS DA ESCRITA. ELA TRAZ EM O ALEGRE CANTO DA PERDIZ (2008) UMA OBRA CARREGADA DE SINGULARIDADES, COM BELAS FORMAS DE VERSIFICAR POR MEIO DE NARRAÇÕES VIDAS DIFÍCEIS, ANALOGIAS ESPLÊNDIDAS QUE LEVAM O LEITOR DO COMEÇO AO FIM A SENSAÇÕES INENARRÁVEIS. O PROCESSO TEÓRICO-METODOLÓGICO UTILIZADO BASEOU-SE EM ANÁLISE DE TRECHOS DA OBRA O ALEGRE CANTO DA PERDIZ DE PAULINA CHIZIANE, ENFATIZANDO OS TRAÇOS DE PERDA E BUSCA DA IDENTIDADE DOS PERSONAGENS COMO COLONIZADOS EM UMA TERRA MODIFICADA EM DIVERSOS ASPECTOS COM A DOMINAÇÃO DOS BRANCOS. NA OBRA, AS MARCAS DA MISCIGENAÇÃO E A BUSCA IDENTITÁRIA NO PERÍODO COLONIAL ATÉ O PÓS-COLONIAL POR MEIO DAS VIVÊNCIAS SOBRETUDO FEMININAS SÃO POSTAS À FRENTE. O ARTIGO SE OBJETIVA COMO MEIO DE PROPAGAÇÃO LITERÁRIA DA ESCRITA FEMININA AFRICANA, POSSIBILITANDO UMA REFLEXÃO DOS EFEITOS CAUSADOS NO ESPAÇO E POVO PELA OPRESSÃO DO COLONIALISMO E REIVINDICA UM ESPAÇO E UM OLHAR A HISTÓRIA MOÇAMBICANA.