ESTE ARTIGO CONTRIBUI COM AS DISCUSSÕES ACERCA DO DEBATE DE “CORPOS DISSIDENTES, CORPOS RESISTENTES: DO CAOS À LAMA”, TEMA DO SIMPÓSIO TEMÁTICO DO IV SEMINÁRIO INTERNACIONAL DESFAZENDO GÊNERO E APRESENTA UM LEVANTAMENTO BIBLIOGRÁFICO DE ALGUNS RESULTADOS DAS PESQUISAS EMPÍRICAS DE TRABALHOS ACADÊMICOS NO QUE TANGE A EDUCAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA E A DIVISÃO SEXUAL DO TRABALHO COM ENFOQUE NA CATEGORIA SOCIOLÓGICA JUVENTUDES. OS RELATOS DE JOVENS DISCENTES DO SEXO FEMININO EVIDENCIAM UMA DISCRIMINAÇÃO DE GÊNERO NA ACADEMIA, NO QUE SE REFERE EM: VENCER O PRECONCEITO POR OPTAREM POR CURSOS DAS “CIÊNCIAS DURAS” CONSIDERADO UM REDUTO MASCULINO; PELA NATURALIZAÇÃO DE QUE AS MULHERES NÃO SÃO CAPAZES DE REALIZAREM CÁLCULOS MATEMÁTICOS; REPRODUZINDO AS FALÁCIAS DE QUE EXISTEM CURSOS DE HOMENS E CURSOS DE MULHERES, DENTRE OUTRAS FORMAS. DESTARTE, RESSALTA-SE QUE ALÉM DAS JOVENS ALUNAS SEREM ORIUNDAS DA CLASSE TRABALHADORA, NAS QUAIS AS OPORTUNIDADES DE MATERIALIZAÇÃO DOS PROJETOS DE VIDA E DA CONDIÇÃO JUVENIL SÃO MAIS ESCASSAS, NÃO RARAS VEZES, AO INGRESSAREM EM CURSOS HEGEMONICAMENTE MASCULINOS PRECISAM “TRANSGREDIR” O STATUS QUO OU SE “AUTOVIOLENTAR” PARA PERMANECEREM ESTUDANDO. NESSE SENTIDO, ESTE TRABALHO APRESENTA UMA PESQUISA DESCRITIVA E ANALÍTICA DOS PRINCIPAIS RELATOS DE JOVENS MULHERES QUE CONTRARIAM E RESISTEM AS BARREIRAS QUE SE LHES APRESENTAM DE DISCRIMINAÇÃO E PRECONCEITO, À LUZ DA TEORIA DA SOCIOLOGIA DO TRABALHO FRANCESA, COM BASE MARXISTA E, DE AUTORES E DOCUMENTOS QUE DIALOGUEM COM AS JUVENTUDES. ASSIM, ESPERA-SE QUE AS DISCUSSÕES SOBRE A PRÁTICA DE REPRODUÇÃO DE DISCRIMINAÇÃO DE GÊNERO NA FORMAÇÃO PROFISSIONAL E TECNOLÓGICA POSSAM PROPORCIONAR MAIOR VISIBILIDADE, UMA VEZ QUE PODEM OCORRER DE FORMA SUTIL E, MAIOR RESISTÊNCIA NO ENFRENTAMENTO POR PARTE DAS VÍTIMAS.