ESTA REFLEXÃO INSERE-SE NO ESCOPO DA FILOSOFIA DA ANCESTRALIDADE AFRICANA E SUAS INTERSECÇÕES COM AS DIVERSAS MANIFESTAÇÕES DE IDENTIDADES DE GÊNERO, BEM COMO A COMPLEXIDADE DE SEXUALIDADES, DENTRO DO UNIVERSO DA REFLEXÃO EDUCAÇÃO INTERCULTURAL. ESTE ARTIGO É FRUTO DE UMA INQUIETAÇÃO NO CONTEXTO DE ENSINO/APRENDIZAGEM, ONDE SOMOS LEVADOS A ROMPER COM AS EPISTEMOLOGIAS DO SUL QUE SEJAM CONTRÁRIAS AO PENSAMENTO NORMATIVO E OBJETIVO DA RACIONALIDADE OCIDENTAL DOMINANTE EM INFLUENCIOU QUASE TODA A MINHA FORMAÇÃO. JUSTIFICANDO ASSIM A IMPORTÂNCIA DO DEBATE ACERCA DO TEMA PROPOSTO PARA EDUCAÇÃO E SUAS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS DE ENSINO, PRINCIPALMENTE, EM RELAÇÃO A UM CURRÍCULO INTERCULTURAL QUE HABILITE O PROFISSIONAL DA EDUCAÇÃO A RESSIGNIFICAR OS CONTEXTOS HISTÓRICOS, FILOSÓFICOS, ANTROPOLÓGICOS E JURÍDICO, NO QUAL OS INDIVÍDUOS TRANSGÊNEROS ESTÃO INSERIDOS. TRATA-SE DE UMA REFLEXÃO TEÓRICA DE CUNHO BIBLIOGRÁFICO. NESTE SENTINDO UTILIZAMOS DE DISTINTAS VISÕES – DA EDUCAÇÃO INTERCULTURAL, COMO AS PRÁTICAS PEDAGÓGICAS, EDUCAÇÃO POPULAR, SOCIOLOGIA, ANTROPOLOGIA, FILOSOFIA E DIREITOS HUMANOS, PARA QUE SE PUDESSE CHEGAR A ALGUMAS CONSIDERAÇÕES. AS RELAÇÕES PRODUZIDAS DENTRO DO ESPAÇO DE FÉ E A INCLUSÃO DOS INDIVÍDUOS E SEU EMPODERAMENTO FRENTE AO SAGRADO, DEPENDE DA RELAÇÃO DO MESMO COM SEU TERREIRO E A EDUCAÇÃO LÁ RECEBIDA, ONDE PODE ACONTECER UM ACÚMULO DE CARGA OU UMA LEVEZA NO SEU SER. TENDO EM VISTA QUE AS RELAÇÕES SOCIAIS E SUAS REPRESENTAÇÕES TÊM CARÁTER AO MESMO TEMPO RELIGIOSO, POLÍTICO-SOCIAL E FAMILIAR.