O TRABALHO LEVANTA QUESTIONAMENTOS SOBRE A OBRA DO DIRETOR NORTE-AMERICANO JOHN WATERS (1946), NO INTUITO DE PENSAR A RELAÇÃO ENTRE ESTÉTICA E POLÍTICA, A PARTIR DA IMAGEM DA DRAG QUEEN DIVINE, MUSA DE DIVERSOS FILMES DE WATERS. AO VALER-SE DE UMA LINGUAGEM LIGADA AO GROTESCO, AO KITSH E AO CAMP, OS FILMES DO DIRETOR ENGENDRAM UMA CRÍTICA AOS CÓDIGOS PATRIARCAIS E HUMANISTAS PRESENTES NO CINEMA NARRATIVO, PERVERTENDO OS PRÓPRIOS CÓDIGOS DIEGÉTICOS UTILIZADOS PELA GRAMÁTICA NARRATIVA HOLLYWOODIANA, PROPONDO OUTROS MODOS DE PENSAR O CORPO E AS FORMAS DE SOCIABILIDADE. A PARTIR DE UMA SIMULAÇÃO PARÓDICA DAS FORMAS DE VIDA, ENCONTRADA NAS OBRAS ANALISADAS, BUSCAMOS ENTENDER A POTÊNCIA POLÍTICA PRESENTE NA FABULAÇÃO DE NOVOS MUNDOS EMPREENDIDA PELO CINEMA, A PARTIR DE UM DIÁLOGO ENTRE A NOÇÃO DE ABJEÇÃO (JUDITH BUTLER; JULIA KRISTEVA) E OS CONCEITOS DE EROTISMO E FETICHE (GEORGES BATAILLE).