O PRESENTE TRABALHO, DESENVOLVIDO JUNTO À PONTIFÍCIA UNIVERSIDADE CATÓLICA DE SÃO PAULO, BUSCOU INVESTIGAR VESTÍGIOS DA HOMOAFETIVIDADE MASCULINA NA CIDADE DO RIO DE JANEIRO ATRAVÉS DA ANÁLISE DOS PRONTUÁRIOS DO HOSPÍCIOL NACIONAL DE ALIENADOS, TENDO COMO RECORTE TEMPORAL AS DÉCADAS INICIAIS DA REPÚBLICA VELHA, ENTRE OS ANOS DE 1890 A 1910. A BUSCA POR ESTA TEMÁTICA PROCUROU RESGATAR A VOZ DE SUJEITOS QUE FICARAM, INTERNADOS EM INSTITUIÇÕES PSIQUIÁTRICAS E TIVERAM SUAS VIDAS ESMIUÇADAS PELO PODER MÉDICO-ESTATAL EM UMA ÉPOCA NA QUAL A IDEOLOGIA BURGUESA DO HIGIENISMO SE FAZIA CADA VEZ MAIS PRESENTE NO COTIDIANO DA SOCIEDADE. AO MESMO TEMPO QUE A ANTIGA FORÇA REPRESSORA DA RELIGIÃO PERDIA, GRADATIVAMENTE, ESPAÇO PARA UM DISCURSO EMBASADO NA CIÊNCIA, MAS QUE NÃO DEIXAVA DE EXERCER INFLUÊNCIAS E, QUE AINDA MOLDAVA, TANTO OS DISCURSOS POLÍTICOS, ACADÊMICOS E DA MORALIDADE PÚBLICA. O USO DE FONTES PARA A PRODUÇÃO DO ARTIGO CONTEMPLOU A ANÁLISE DE LIVROS DE ENTRADA DE PACIENTES MASCULINOS, PRONTUÁRIOS MÉDICOS E FICHAS DOS INTERNOS QUE PASSARAM PELA PRINCIPAL INSTITUIÇÃO PSIQUIÁTRICA DO BRASIL NA VIRADA DO SÉCULO XIX PARA O XX. ESSES DOCUMENTOS SE TORNARAM IMPORTANTES FONTES PARA DESVENDAR PARTES DE UMA CONJUNTURA QUE LEVOU UMA MINORIA DA SOCIEDADE A SOFRER EXPERIMENTOS EM UM PERÍODO INICIAL DOS ESTUDOS PSIQUIÁTRICOS.