DUAS DIRETRIZES SÃO FUNDAMENTAIS PARA PENSARMOS AS RELAÇÕES ENTRE CORPO, NAÇÃO E NARRAÇÃO NA LITERATURA BRASILEIRA. TAIS DIRETRIZES SÃO: (A) A PREOCUPAÇÃO COM AS QUESTÕES DE CORPO/GÊNERO/SEXUALIDADE, FOCADAS ESPECIFICAMENTE NAS MASCULINIDADES SUBALTERNIZADAS E/OU CONTRA-HEGEMÔNICAS E (B) A RELEITURA DA HISTÓRIA DA LITERATURA NACIONAL RECENTE, A PARIR DE LENTES INTERSECCIONAIS QUE CRUZAM TEORIA FEMINISTA, ESTUDOS ÉTNICO RACIAIS, ESTUDOS DA MASCULINIDADE E TEORIA QUEER. A QUESTÃO NORTEADORA QUE GUIOU A ELABORAÇÃO DESSA PROPOSTA DE INVESTIGAÇÃO, ENTRETANTO, É APENAS TANGENCIADA POR ESSES DOIS EIXOS DE QUESTIONAMENTO DA LITERATURA CONTEMPORÂNEA BRASILEIRA. CABERIA PERGUNTAR: A CONSTANTE PRESENÇA DO CORPO (E A CONSEQUENTE PROBLEMATIZAÇÃO DO SEU STATUS ONTOLÓGICO) É SOMENTE UMA RECORRÊNCIA TEMÁTICA, OU ESTARIA LIGADA A PROCESSOS METAFÓRICOS E ALEGÓRICOS QUE APONTAM PARA UMA DISCUSSÃO PARA ALÉM DA CORPOREIDADE E DA MASCULINIDADE, ENVOLVENDO O CORPO (SOCIAL, RETÓRICO, IMAGINÁRIO E POLÍTICO) DA NAÇÃO? A PROPOSTA ORA APRESENTADA APROXIMA A LENTE DE OBSERVAÇÃO DO CONTEXTO BRASILEIRO, PENSANDO ESPECIFICAMENTE NO GÊNERO ROMANCE E NO PERÍODO TEMPORAL QUE SE ESTENDE ENTRE 1980 E 2019, ELEGENDO OITO ROMANCES REPRESENTATIVOS DO PERÍODO, ESCRITOS POR AUTORES HOMENS QUE NÃO SE IDENTIFICAM COMO HETEROSSEXUAIS, E QUE PRIVILEGIAM EM SUA DICÇÃO LITERÁRIA A REPRESENTAÇÃO, A DESCONSTRUÇÃO E A PROBLEMATIZAÇÃO DAS MASCULINIDADES SUBALTERNIZADAS.