ESTE ARTIGO PAUTA-SE NA IDÉIA DE QUE A ESCOLA É UMA ESPÉCIE DE APARELHO IDEOLÓGICO QUE, ATRAVÉS DE VIGILÂNCIAS E SANÇÕES TOMA O MEDO COMO UM OBJETO NORMALIZADOR DE COMPORTAMENTOS. DISCUTE QUESTÕES TEÓRICO-PRÁTICAS QUE SUBSIDIAM A CONSTRUÇÃO DA IDENTIDADE DE GÊNERO, TENDO O MEDO COMO UM INSTRUMENTO EFICIENTE, RESULTANDO NA DESQUALIFICAÇÃO DAS MENINAS. A PESQUISA DE CAMPO ACONTECEU EM DUAS ESCOLAS DE EDUCAÇÃO INFANTIL LOCALIZADAS EM ALAGOINHAS-BAHIA, SENDO UMA DA REDE PRIVADA E OUTRA PÚBLICA MUNICIPAL SE PENSARMOS QUE A MULHER ESTÁ NA ESCOLA HÁ 184 ANOS E QUE SUAS TAREFAS CONSISTIAM NOS CUIDADOS COM A CASA, O MARIDO E OS FILHOS ENTENDEREMOS PORQUE A CULTURA É PREDOMINANTEMENTE MASCULINA. O HOMEM COLONIAL UTILIZAVA-SE DA FORÇA E DO CASTIGO PARA CENTRALIZAR O PODER E A PEDAGOGIA DO MEDO CHEGA À ESCOLA. DESTE MODO, AS MENINAS PASSAM POR MOMENTOS CONSTRANGEDORES E, CHEIAS DE MEDOS CRESCEM E, ADULTAS, NECESSITAM, MUITAS VEZES, DE ORIENTAÇÃO PARA SE REALIZAREM COMO MULHERES.