A inclusão de alunos surdos no ensino regular hoje é assegurada pela lei, e desse modo o surdo está cada vez mais presente na comunidade ouvinista. Uma das barreiras que podem ser encontradas nesse processo é a lingüística, dificultado a comunicação entre o professor e o aluno surdo, e o aluno surdo e seus colegas. Em uma observação realizada em uma sala de aula onde ouvintes estudam com um aluno surdo, foram levantados dados sobre a interação dos ouvintes com o aluno surdo, investigando-se a visão de estrangeiros que muitos autores usam para definir os surdos. Observou-se uma tentativa de transposição da barreira lingüística por parte dos ouvintes e do surdo, o que facilitava as trocas de informação e a convivência. Pelo tempo de convivência dos alunos notou-se a quebra alguns preconceitos em relação à surdez e a imagem do surdo como sendo um estrangeiro. Concluiu-se que a inclusão de alunos surdos em escolas regulares trás benefícios tantos para os ouvintes quanto para os surdos que aprendem a conviver com a diferença e possibilita a aprendizagem de novos conhecimentos.