A educação é vista como um agente de mudanças desejáveis ao homem, sendo assim, a necessidade de reforma do pensamento humano é cada vez mais necessária, diante da crise social e ambiental presentes. Espera-se que o quadro de degradação ambiental seja moldado por influência da Educação Ambiental, atuando na reflexão e conscientização da sociedade. Com tal propósito Edgar Morin atua na reforma do pensamento e reforma do ensino como forma de superar a fragmentação e auxiliar no ensino da condição humana e no entendimento dos sujeitos como atuantes em escala global. O objetivo do presente trabalho é analisar o pensamento de Edgar Morin voltado para a superação da fragmentação e consequentemente sua contribuição para Educação Ambiental na busca incessante pela formação de sujeitos críticos e conscientes e para superação da dicotomia sociedade-natureza. A presente pesquisa foi realizada por meio de análise documental. Para sua realização foram selecionados livros que abordam a ideia de fragmentação do ensino, sendo o principal deles o livro: A cabeça bem feita: repensar a reforma, reformar o pensamento, de Edgar Morin, onde o autor fala sobre as consequências negativas que a fragmentação traz para o ensino e consequentemente para a Educação Ambiental, visto que o pensamento que desune delimita e destrói o entendimento do global. Livros de alguns autores como Maria da Conceição Xavier de Almeida e de Severino Antônio também foram analisados como fonte de análise. É necessário romper com o modelo de pensamento tecnicista que disjunta e desune e que impede o entendimento da ligação entre sociedade e natureza e perpetuando a ideia de separação de ambas. Uma das mudanças mais importantes e necessárias é asuperação da fragmentação que prevalece nos contextos escolares e sociais. Através da reforma do pensamento e da reforma do ensino torna-se necessário “enxergar o contexto planetário”. É importante mostrar a crise no qual a sociedade vem passando, os problemas ambientais enfrentados e as suas consequências para com o meio e a sociedade, para que assim, com auxílio da Educação Ambiental seja possível supera essa crise e conscientizar as pessoas a refletir e agir de forma ambientalmente correta. A transmissão de informações desconexas, fragmentadas limita a capacidade crítica dos alunos quanto aos temas ambientais e essa crise pode ser entendida e superada através do Edgar Morin denomina “paradigma de disjunção”. Diante do exposto, ficou perceptível a necessidade de reconstituição do pensamento do homem para que este possa colocar em prática as orientações da Educação Ambiental e refletir sobre os problemas ambientais vivenciados em busca da mudança de paradigma e consequentemente preservação ambiental através de mudanças de atitudes. O método da complexidade proposto por Edgar Morin imprime uma orientação para que a questão ambiental não seja compreendida de forma fragmentada, mas de forma integrada, através do pensamento que une e que possibilita a percepção do global, permitindo uma visão integrada dos problemas ambientais.