A água por ser um meio de sobrevivência de toda população requer um maior controle em relação à sua qualidade. No Nordeste brasileiro, a escassez da água vem interferindo de diversas formas a vida de seus habitantes. Com isso, a população usa águas de diferentes fontes a fim de suprir suas necessidades, logo suas análises é de vital importância. Grande parte dessas águas são provenientes de poços subterrâneos, e não passam por nenhum tipo de tratamento antes de serem utilizadas, como é o caso do município de Baraúna-PB. O município de Baraúna situa-se na região centro-norte do Estado da Paraíba, Mesorregião Borborema e Microrregião Seridó Oriental Paraibano, limitando-se com os municípios de Sossego, Cuité, Pedra Lavrada, Picuí, abrangendo uma área de 56,5 km2. A literatura indica que as fontes de água subterrânea estão associadas com materiais geológicos contendo minerais solúveis, espera-se que as águas subterrâneas tenham uma maior quantidade de sais dissolvidos do que as águas de superfície. O objetivo do trabalho foi determinar algumas propriedades físico-químicas das águas provenientes de alguns poços subterrâneos situados na zona urbana do município de Baraúna-PB. O desenvolvimento da pesquisa iniciou-se através da coleta de três amostras de cada poço e em seguida levadas para o Laboratório de Biocombustíveis e Química Ambiental do CES/UFCG, onde foram realizadas medições por triplicatas de pH, condutividade elétrica, turbidez, alcalinidade, cloretos, dureza e identificação de sódio e potássio por Fotômetro de chama. Na portaria de Consolidação do Ministério da Saúde Nº 5/2017 são registrados os padrões de potabilidade da água, estes devem ser seguidos para manter o controle da sua qualidade. Os resultados obtidos com relação às medidas de pH variaram entre 6,08 a 6,62. O pH da água deve ser mantido na faixa de 6,0 a 9,5. A condutividade elétrica variou entre 2340 e 2710 (μS/cm), não havendo nenhuma determinação estabelecida pelo Ministério da Saúde em sua referência. As medidas de turbidez das amostras apresentaram-se entre 0,16 e 1,43 NTU. A dureza é expressa em CaCO3 mg.L-1, a quantidade máxima permitida de |CaCO3| para a água ser considerada potável é de 500 mg.L-1. As amostras apresentaram uma variação de dureza entre 401,56 e 436,3 CaCO3 mg.L-1.Os valores correspondentes a alcalinidade das amostras foram baixos, variando entre 72,0 e 86,0 mg/L. Ao se tratar dos cloretos, o Ministério da Saúde determina que a quantidade máxima na água deve ser de 250 mg/L. Nas amostras analisadas, os valores de cloretos variam entre 0,55 e 0,60 mg/L, logo estão de acordo com o padrão estabelecido. Em relação à identificação de sódio (Na+) e potássio (K+), as amostras apresentaram uma variação de sódio entre 1217,0 e 1377,0 ppm. Tratando-se do potássio, a variação obtido foi entre 237,3 e 440,0 ppm. Portanto, analisando todos esses dados obtidos na pesquisa e levando em consideração os requisitos estabelecidos na Portaria de Consolidação nº 5/2017 foi possível perceber que apenas os valores obtidos na identificação de Sódio no fotômetro de chama não estão de acordo com a portaria do Ministério da Saúde.